Alimentação à base de plantas pode reduzir riscos de doenças
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Um estudo abrangendo 37 pesquisas, divulgado na revista BMC Medicine, ressalta as vantagens para a saúde ao substituir certos alimentos de origem animal por alternativas à base de plantas. Esta pesquisa se concentra em uma gama de impactos na saúde associados a essa transição alimentar, fornecendo insights valiosos sobre os benefícios de uma dieta predominantemente baseada em plantas. Confira!
Redução de doenças cardíacas e diabetes tipo 2
De acordo com a médica Lorena Balestra, a pesquisa mostra que trocar 50 g de carne processada diariamente por legumes resulta em uma redução de 23% na incidência geral de doenças cardíacas. Além disso, a troca contribui para uma diminuição de 22% na incidência de diabetes tipo 2.
A revisão também destaca que substituir a manteiga por azeite e ovos por nozes está associado a um menor risco de desenvolver diabetes tipo 2 e doença cardíaca. No entanto, outras substituições, como produtos lácteos, peixe, frutos do mar ou aves, não apresentam uma associação clara com uma menor incidência de doenças cardíacas.
![Mesa com alimentos à base de plantas](https://portaledicase.com/wp-content/uploads/2024/01/alimentacao--1024x683.jpg)
Estimativas confiáveis
Embora as descobertas reforcem pesquisas anteriores sobre os benefícios das dietas à base de plantas, a revisão ressalta a consistência dos resultados, proporcionando um alto nível de confiança nas estimativas de efeito.
O estudo também levanta questões sobre o possível papel de um estilo de vida saudável entre aqueles que preferem alimentos à base de plantas, embora ajustes para fatores como exercício, tabagismo e hábitos alimentares tenham sido considerados.
Alimentos de qualidade
A médica Lorena destaca que é importante notar que a troca direta de produtos à base de animais por produtos à base de plantas não garante automaticamente uma dieta saudável.
“A qualidade da troca é crucial, por isso é necessário considerar a diversidade e necessidade alimentar. Por exemplo, não é inteligente trocar carne por alimentos como carboidratos. Muitos deixam de comer carne e começam a comer muita massa. O ideal é trocar fontes de proteínas por outras fontes de proteínas, só que vegetais”, acrescenta a profissional.
É importante ressaltar que toda mudança alimentar deve ser acompanhada por uma profissional de saúde especializado. Além disso, a prática de atividades físicas e hábitos saudáveis são importantes para a saúde geral. A médica Lorena Balestra destaca que tornar-se vegetariano ou vegano requer um planejamento cuidadoso para garantir a ingestão adequada de ferro, proteínas e vitamina B12.
Lorena Balestra
Médica pós-graduada em Nutrologia e Endocrinologia. Em 2013, fez um workshop de Biologia Molecular na Michigan State University, em Michigan. Pesquisadora no CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito.