Copa Feminina: 5 jogadoras que marcaram o nome na história do mundial

Copa Feminina: 5 jogadoras que marcaram o nome na história do mundial
Mulheres fazem história no futebol mundial (Imagem: Mikolaj Barbanell | Shutterstock)

A Copa do Mundo Feminina de 2023 chega com várias primeiras vezes e despedidas. Em decisão inédita, o governo brasileiro decretou ponto facultativo para os servidores públicos, assim como é feito no campeonato masculino. Essa iniciativa visa aumentar a visibilidade da liderança das mulheres no país. Além disso, a edição deste ano promete ser a mais abrangente em duração da história, com início marcado para o dia 20 de julho e a grande final agendada para o dia 20 de agosto.

Pela primeira vez também, a competição será realizada na Oceania e em dois países-sede, Austrália e Nova Zelândia, o que adiciona dimensão geográfica – e notoriedade – ao torneio. No que diz respeito à transmissão, o público poderá escolher entre diversas opções. Além da Globo, na TV aberta, e do SporTV, na TV fechada, o torneio poderá ser visto pelo site do GE e através da Cazé TV, no YouTube. O primeiro jogo do Brasil será no dia 24 de julho, segunda-feira, às 8h pelo horário de Brasília.

No entanto, no que diz respeito às despedidas, os torcedores brasileiros devem se preparar para o adeus de Marta nos campos de Copas, enquanto a artilheira se torna mais uma referência de jogadora excepcional.

Grandes jogadoras

Desde a sua criação em 1991, a Copa do Mundo Feminina tem sido palco de grandes momentos e performances; por isso, veja 5 atletas que deixaram um legado duradouro e marcaram seus nomes na história do futebol feminino, elevando o esporte a patamares cada vez mais altos.

1. Sissi (Brasil)

Sissi, cujo nome completo é Sisleide do Amor Lima, deixou um impacto significativo na Copa do Mundo Feminina e recebeu este marco em retorno. No campeonato de 1999, ela deu show de habilidades desde a fase de grupos, em que o Brasil enfrentou adversários como Alemanha e Itália. Nas quartas de final contra a Nigéria, marcou um gol em uma cobrança de falta que mudou o rumo da partida.

Sissi encerrou aquela edição do torneio com 7 gols e 3 assistências, sendo premiada com a Bola de Prata e a Chuteira de Ouro, além de conquistar a medalha de bronze. Durante seus melhores anos, ela formou uma parceria com as companheiras Pretinha e Kátia Cilene.

Sua primeira participação em uma Copa do Mundo aconteceu em 1995, mas o Brasil não obteve sucesso, sendo eliminado na fase de grupos. Além disso, nos clubes, Sissi teve passagens marcantes, especialmente nos times do eixo Rio-SP, com destaque para sua atuação no São Paulo.

Seguindo os passos de Roseli, nossa primeira camisa 10 da seleção feminina, Sissi também deixou um legado duradouro no futebol feminino brasileiro, e abriu caminho para outras mulheres brilharem no esporte nacional. Atualmente, ela é treinadora e diretora técnica do Walnut Creek Surf Soccer Club, dos Estados Unidos.

2. Mia Hamm (Estados Unidos)

Mia Hamm foi a primeira jogadora de futebol feminino transcender a modalidade e se tornar uma figura de destaque global e cultural entre boleiras. Ela foi eleita Atleta do Ano por 2 vezes nos Estados Unidos e se tornou garota-propaganda da Nike, solidificando sua posição como ícone do esporte. Pela FIFA, ela foi premiada com os títulos de Melhor Jogadora do Mundo em 2001 e 2002. Hamm também foi incluída na lista dos 125 melhores futebolistas da história pela FIFA em 2004.

A jogadora se destacou nos torneios universitários e se tornou a mais jovem jogadora da seleção dos Estados Unidos na Copa do Mundo de 1991, em que marcou gols importantes, incluindo o gol que garantiu a vitória na estreia contra a Suécia. Ela foi a grande referência do esporte em uma época em que o futebol feminino estava se estruturando globalmente e sendo organizado pela FIFA.

Hamm conquistou 2 títulos da Copa do Mundo (1991 e 1999) e duas medalhas de ouro olímpicas, Atlanta em 1996 e Atenas em 2004, quando se aposentou. Hoje, Mia é coproprietária do Los Angeles FC e diretora da Fundação Mia Hamm, destinada ao auxílio de pessoas que necessitam de transplantes de medula óssea ou doação de cordão umbilical, além de também promover o desenvolvimento do esporte para jovens mulheres.

3. Sun Wen (China)

Wen foi eleita a melhor jogadora da Copa do Mundo de 1999, além de ter recebido a Chuteira de Ouro naquela edição, com 7 gols marcados. Na final do torneio, a China foi derrotada pelos Estados Unidos. A chinesa também dividiu o prêmio de melhor jogadora do século XX com a estadunidense Michelle Akers, em uma eleição promovida pela FIFA. Em 2000, a atacante conquistou a Bola de Ouro.

Pioneira do futebol feminino asiático e a primeira jogadora do continente a marcar mais de 100 gols pela seleção nacional, Sun Wen estreou na seleção chinesa com apenas 17 anos, mostrando seu talento desde cedo. A trajetória dela também incluiu uma conquista importante nos Jogos Olímpicos de 1996, em que ela ajudou a equipe chinesa a conquistar a medalha de prata.

Por estas conquistas, Sun se tornou a primeira mulher a ser indicada ao prêmio de Melhor Atleta do Ano pela Confederação Asiática de Futebol. Em dezembro de 2005, depois de uma ausência de dois anos, ela voltou a defender a seleção chinesa. Após o país conquistar a Copa da Ásia de Futebol Feminino de 2006, ela se aposentou definitivamente devido a uma lesão. Mesmo após encerrar a carreira, Sun Wen continua envolvida no desenvolvimento do futebol feminino como administradora e dirigente.

4. Birgit Prinz (Alemanha)

Birgit Prinz, considerada por muitos como a maior jogadora de futebol que a Europa já produziu, deixou sua marca com diversos títulos. Ao longo de 18 anos de carreira, ela ergueu o troféu do Campeonato Alemão por 9 vezes, venceu uma edição da liga norte-americana e levantou 3 taças de campeã europeia de clubes. No entanto, os títulos mais importantes de sua carreira foram alcançados com a seleção alemã.

Sua ascensão ocorreu em um momento em que o investimento no futebol feminino estava em crescimento na Bundesliga, a principal competição de futebol da Alemanha. A estreia internacional ocorreu aos 16 anos, apenas alguns meses antes de disputar a primeira Copa do Mundo. Aos 17 anos, Prinz se tornou a jogadora mais jovem a disputar uma final de Copa do Mundo em 1995.

No entanto, o auge de Prinz veio mais tarde, quando ela liderou a Alemanha no bicampeonato nas Copas de 2003 e 2007. Ela marcou 12 gols na soma dos mundiais, conquistando a Bola de Ouro e a Chuteira de Ouro no primeiro ano. No segundo, marcou o gol que abriu o caminho para a vitória sobre o Brasil na final.

Ela também foi eleita a melhor jogadora do mundo por três anos consecutivos, e é a segunda melhor artilheira do torneio, ficando atrás apenas de Marta. Ao longo da carreira, Prinz marcou 128 gols em 214 partidas pela seleção alemã. Em 2011, aos 33 anos, ela se aposentou do futebol.

Jogadora Marta segurando a camiseta da seleção brasileira
Copa de 2023 é a última chance para Marta conquistar o título (Imagem: Salty View | Shutterstock)

5. Marta (Brasil)

Marta, conhecida como a “Rainha”, é uma jogadora que supera qualquer ausência de títulos importantes, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Ela detém o marco de maior jogadora da história da FIFA por 6 vezes, se igualando a Lionel Messi no futebol masculino. Além disso, ela é a maior artilheira de todos os tempos em Copas do Mundo, independentemente do gênero, e detém o recorde de mais gols pela seleção brasileira.

Em 2003, quando estreou aos 17 anos, ela demonstrou talento ao marcar 3 gols pelo Brasil até as quartas de final. Se Pelé foi um jogador à frente de seu tempo, o mesmo pode ser dito sobre Marta. Ela conquistou a Bola de Ouro e a Chuteira de Ouro na segunda colocação em 2007, bem como recebeu a Chuteira de Prata em 2011, mesmo com a eliminação nas quartas de final. Vale destacar sua atuação na vitória por 4 a 0 sobre os Estados Unidos nas semifinais de 2007, considerada uma das melhores da história do torneio.

Atualmente defendendo o Orlando Pride, dos Estados Unidos, Marta continua sendo uma figura inspiradora e uma referência para jogadoras de todo o mundo. Escalada para sua última Copa do Mundo, a artilheira já possui uma das trajetórias mais lindas do futebol, mostrando para diversas meninas ao redor do globo a importância de lutar pelo seu espaço no esporte.

Redação EdiCase

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