Craques da Copa: conheça a trajetória de Daniel Alves

Craques da Copa: conheça a trajetória de Daniel Alves
Daniel Alves é o jogador mais velho a disputar a Copa do Mundo (Imagem: Shutterstock)

Um dos 26 jogadores convocados por Tite para disputar a Copa do Mundo no Catar, Daniel Alves representará o Brasil pela terceira e última vez. Aos 39 anos, o atleta se tornará o jogador mais velho a defender o país em um Mundial. A sua convocação não era esperada, pois o desempenho do craque no Pumas, do México, estava abaixo do esperado (com três assistências e nenhum gol). 

O jogador coleciona títulos e é considerado, por muitos, um dos melhores laterais da história do futebol; não é à toa que o técnico defendeu a sua escolha: “O critério do Daniel Alves é o critério de todos. Ele premia qualidade técnica individual, premia seu aspecto físico e traz seu aspecto mental. Tal qual os outros. Alguns com mais de uma qualidade, outros com mais de outra”, afirmou Tite em coletiva de imprensa. 

Início de carreira 

Nascido em Juazeiro, na Bahia, em 06 de maio de 1983, Daniel Alves da Silva, mais conhecido como Dani Alves, passou por uma infância difícil, convivendo com a miséria e a fome. Ele sempre mostrou ter talento com a bola e, aos 15 anos de idade, chamou atenção do técnico do Juazeiro e foi levado para jogar na equipe juvenil do clube. Lá, o jogador chegou a disputar uma partida junto aos profissionais em um amistoso, mas, logo depois de um ano, um olheiro do Bahia viu o seu talento, e o atleta foi transferido para o time. 

Destaque no Bahia 

Daniel passou alguns anos atuando na categoria de base do Bahia. Na reta final do Campeonato Brasileiro, em 2001, estreou como profissional em um jogo contra o Paraná. Isso aconteceu depois que o titular, Denílson, e o reserva, Mantena, sofrerem contusões e não puderam jogar.

Na partida, ele não decepcionou e, apesar de não ter marcado gol, foi o destaque do jogo por seus passes e ataques. Por isso, nas partidas seguintes, não saiu da equipe titular. Em 2002, o jogador foi campeão da Copa do Nordeste pelo Bahia, porém, devido a suas habilidades, no mesmo ano, foi vendido para o Sevilla, da Espanha. 

Passagem pelo Sevilla 

O craque chegou ao time europeu como empréstimo de uma temporada e, depois de ter uma atuação impecável e agradado aos dirigentes, continuou a disputar pelo clube e se tornou ídolo. Em 2006, assinou oficialmente um contrato com o Sevilla, em que atuou durante seis temporadas, venceu a Liga da Europa e conquistou importantes títulos, como: 

  • 1 Supercopas da UEFA (2006); 
  • 2 Copas UEFA (2006 e 2007); 
  • 1 Copa do Rei (2007); 
  • 1 Supercopa da Espanha (2007). 
Daniel Alves com a camisa do Brasil em um campo de futebol
Dani Alves foi eleito o terceiro melhor jogador da Sub-20 em sua estreia com a camisa do Brasil (Imagem: Shutterstock)

Estrela do Sub-20 e do Sulamericano 

Em 2003, o jogador foi convocado para disputar, pela primeira vez, um campeonato pela Seleção Brasileira e conquistou o Mundial Sub-20 ao lado de Kleber Gladiador e Nilmar, na final contra a Espanha, nos Emirados Árabes. Com o placar de 1 a 0, o gol da vitória foi marcado por Fernandinho depois de uma cobrança de escanteio de Dani Alves. 

Durante a competição, tornou-se destaque da equipe e foi eleito o terceiro melhor jogador do torneio, ganhando a bola de bronze. No mesmo ano, também disputou o Sulamericano, no Uruguai, concorrendo em 8 partidas da competição. O resultado? Vice-campeão com a camisa do Brasil.

Primeiro jogo como titular da Seleção

Em outubro de 2006, teve a sua primeira chance entre os profissionais na Seleção, em um amistoso contra o Kuwait SC, clube do Kuwait. Todavia, o primeiro grande momento do craque com a camisa verde e amarela surgiu em 2007, durante a Copa América, quando ele, na final contra a Argentina, deu assistência para o gol do título. 

Saída do Sevilla

Devido à sua atuação no Sevilla e ao destaque no Sub-20, Dani Alves começou a ser cobiçado por times europeus. Apesar da relutância dos dirigentes em negociar a venda do jogador, por considerá-lo como o melhor lateral do mundo, em 2008, ele foi vendido para o Barcelona. 

Trajetória no Barcelona 

O craque foi contratado pelo Barcelona para disputar quatro temporadas, mas, por suas habilidades no futebol, acabou ficando até 2016. Durante esse período, ele atuou ao lado de grandes parceiros, como Messi, Xavi, Iniesta, Neymar Jr. e Suarez. 

Além disso, no decorrer de sua passagem pelo Barça, tornou-se um dos melhores jogadores do lateral-direito do mundo, foi o jogador que mais deu assistências para gols de Messi e conquistou importantes títulos, como: 

  • Liga dos Campeões (2008/2009, 2010/2011 e 2014/2015); 
  • Campeonato Espanhol (2008/2009, 2010/2011, 2012/2013, 2014/2015 e 2016);
  • Copa do Rei (2008/2009, 2011/2012, 2014/2015 e 2016);
  • Supercopa da Espanha (2009, 2010, 2011 e 2013); 
  • Supercopa da UEFA (2009, 2011 e 2016)
  • Mundial Clube Fifa (2009, 2011 e 2015).

O jogador disputou 431 partidas, fez 24 gols e 102 assistências com a camisa do Barcelona, entrando para o top 10 dos jogadores com mais jogos pela equipe.

Jogos pela Seleção Brasileira

Em 2009, o atleta garantiu o seu segundo título com a Seleção, em um dos momentos mais marcantes de sua carreira. Durante as semifinais da Copa das Confederações, em um empate com a África do Sul, o craque marcou um gol de falta para o Brasil e garantiu a vitória do time. 

Depois, Daniel Alves foi convocado para disputar a Copa do Mundo, em 2010, na África do Sul. O jogador começou como reserva de times, entretanto, na última partida da fase de grupos contra Portugal, assumiu a titularidade e jogou contra o Chile, nas oitavas, e contra a Holanda, nas quartas, quando o Brasil perdeu por 2 a 1. 

Em 2014, no Brasil, o jogador começou a disputa como titular da Seleção, mas foi substituído posteriormente por Maicon, nas quartas de final, e retornou para a reserva até o final da competição. Em 2018, uma lesão impossibilitou a convocação do jogador para a Copa. Mas, em 2019, ele se recuperou e foi campeão da Copa América, sendo eleito o melhor jogador do torneio. 

Sucesso no PSG e o time do coração 

Em meio a especulações de qual seria o próximo time do craque, em 2017, Daniel Alves foi contratado pelo Paris Saint-Germain, junto a Neymar Jr., por duas temporadas. No time, o craque também brilhou e foi vitorioso, conquistando a Copa da França (2018), a Copa da Liga da França (2018), a Supercopa da França (2017) e dois Campeonatos Franceses (2018 e 2019), encerrando a sua passagem pelo time em 2019 após não renovar o contrato. 

No mesmo ano, diante de clubes como China, Manchester City e Arsenal, o atleta decidiu realizar um sonho e assinou contrato com o seu time do coração, o São Paulo, retornando ao Brasil depois de 17 anos jogando no exterior. No tricolor, ele deixou de ser lateral e atuou como meio-campista, conquistando o Campeonato Paulista (2021). 

Daniel Alves com a camisa do Barcelona em um campo de futebol
Dani Alves volta a treinar com o Barcelona após 5 anos de sua saída do time (Imagem: Shutterstock)

Primeiro ouro olímpico 

Em 2021, Daniel Alves foi convocado por André Jardine para disputar a medalha olímpica pelo Brasil. No auge da idade para a competição e com inúmeros títulos, esta era a oportunidade que faltava para o jogador completar o seu rol de prêmios. Com a vitória sobre a Espanha, o craque conquistou o ouro e se tornou o jogador mais velho a defender a Seleção. 

Prêmios conquistados

Com 24 anos de carreira e 43 troféus, é considerado o jogador com mais títulos na história do futebol. Entre eles, estão: 

  • Melhor jogador da Copa da UEFA (2005 e 2006); 
  • Melhor jogador da Supercopa UEFA (2006); 
  • Melhor lateral-direito do Campeonato Espanhol (2008 e 2009); 
  • Melhor lateral-direito pela Fifa (2008, 2011, 2012, 2013, 2015 e 2017); 
  • Melhor jogador da Copa América 2019;
  • Campeão do Brasil (Olimpíadas Tóquio 2020). 

Retorno ao Barça e contratação do Pumas 

Após deixar o São Paulo em 2021, o jogador retornou ao Barcelona. Atuou em 17 partidas e marcou um gol, contudo, em 2022, não teve o contrato renovado. O craque ficou sem time até ser contratado pelo Pumas, do México, e, depois de o clube ser eliminado da Liga MX, retornou ao Barcelona para treinar no time B, visando à convocação para a Copa do Mundo no Catar. 

Vitoria Rondon

Jornalista formada pela FIAM-FAAM | FMU e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Universidade São Judas. Apaixonada por este campo desde a adolescência, vem construindo sua trajetória nesse universo inspirador. Atualmente, atua na EdiCase produzindo textos sobre uma ampla variedade de temas. É fascinada pelo poder das palavras e pela capacidade da comunicação de transformar e conectar pessoas.

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