Descubra se cosméticos antienvelhecimento realmente tratam a pele

Descubra se cosméticos antienvelhecimento realmente tratam a pele
Cremes para o rosto podem prevenir o envelhecimento, mas devem ser indicados em consulta por dermatologista (Imagem: PonomarenkoNataly | Shutterstock)

Nos corredores das farmácias, muitas pessoas buscam por cremes que prometem reverter os sinais de envelhecimento da pele, desde a redução de rugas até o combate à flacidez e melhoria da textura. No entanto, a pergunta que persiste é: esses cosméticos têm a capacidade real de cumprir essas promessas?

Os cremes milagrosos que prometem eliminar rugas, firmar a pele e devolver viço, infelizmente, não entregam o resultado esperado, segundo a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

“Para isso, é necessário o estímulo de colágeno através de tecnologias ou bioestimuladores de colágeno injetáveis (procedimentos dermatológicos realizados em consultório). Quem já fez algum procedimento sabe bem a diferença entre o seu resultado e o uso de um creme”, diz a médica.

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Eficácia dos cosméticos

A Dra. Paola Pomerantzeff enfatiza que mesmo algumas substâncias como caviar, ouro ou extrato de seda, em cosméticos caríssimos, não são absorvidas pela pele. “[…] Por isso, a visita a um dermatologista é importante. Um profissional capacitado, após o exame dermatológico da pele, pode receitar cremes que realmente farão diferença para cada pele, hidratando ou promovendo ação antioxidante e protetora”, diz.

Segundo a profissional, os cosméticos em geral têm pouca eficácia contra o envelhecimento já instalado. “Infelizmente, ainda não existe nenhum creme capaz de reduzir a flacidez da pele, eliminar rugas já instaladas, estimular a produção de colágeno de maneira significativa ou reverter um ‘bigode chinês'”, afirma.

Mulher usando hidratante para o rosto depois de tomar banho
Os cuidados com a pele ajudam a evitar o envelhecimento precoce (Imagem: popcorner | Shutterstock)

Evitando o envelhecimento da pele

Conforme explica a dermatologista, os cremes podem até ajudar a prevenir o envelhecimento, mas não são capazes de revertê-lo. “Na maioria das vezes, o indicado é, além da limpeza adequada da pele, usar um antioxidante (vitamina C) pela manhã antes do protetor solar (FPS 30 no mínimo). A vitamina C potencializa o efeito do protetor solar e ajuda a proteger a pele da poluição (que acarreta a formação de radicais livres na pele e acelera seu envelhecimento)”, diz a médica.

Agora, no período noturno, as indicações variam: “À noite, o ideal seria intercalar um ácido (retinóico, glicólico ou azelaico, dependendo da pele de cada pessoa) com um hidratante. Assim, garantimos a hidratação da pele (fundamental para não acelerar o processo de envelhecimento) e sua renovação celular”, completa.

Melhorando o aspecto da pele

A profissional ressalta que é importante consultar um dermatologista. Isso porque o especialista irá receitar cosméticos que funcionam (mas que não revertem o envelhecimento nem fazem milagres) e que têm um custo justo. Assim, evita-se gastar muito em cremes com promessas milagrosas que muitas vezes nem contêm os princípios ativos mínimos necessários.

“Agora, se você deseja rejuvenescer sua pele, o mais indicado é que o dermatologista examine você, faça um diagnóstico do seu envelhecimento e também um planejamento para reverter rugas, flacidez ou a falta de viço na sua pele por meio de procedimentos comprovadamente eficazes. Existem diversas tecnologias, como ultrassom microfocado, laser e radiofrequência, além de injetáveis, como a toxina botulínica, bioestimulador de colágeno e preenchedores”, finaliza.

Por Maria Claudia Amoroso

Redação EdiCase

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