3 dicas para tornar os tratamentos contra estrias mais eficazes
Além de causarem grande desconforto estético em algumas pessoas, principalmente conforme o verão se aproxima, as estrias são conhecidas pela dificuldade de serem combatidas. Mas, afinal, qual o motivo para o tratamento dessas alterações ser tão complicado? Para responder essa questão, primeiro é preciso entender que elas não são todas iguais.
“As estrias ocorrem quando fatores como gravidez e ganho rápido de peso ou músculos geram um estiramento repentino da pele, causando um rompimento das fibras de colágeno e elastina”, explica o dermatologista Dr. Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Segundo o médico, esse rompimento das fibras pode gerar um sangramento, que é o responsável pela formação das estrias vermelhas. “No geral, [essas estrias] são mais fáceis de serem tratadas justamente por ainda existirem vasos sanguíneos funcionais na região. Mas, com o processo de cicatrização, essas estrias adquirem aquela coloração esbranquiçada característica e já não respondem tão bem ao tratamento, pois esses vasos estão ausentes, o que dificulta o estímulo de colágeno”, acrescenta.
No entanto, o tratamento para estrias é possível, basta adotar algumas atitudes para torná-lo mais eficaz, como indica a seguir o Dr. Renato Soriani. Confira!
1. Utilize o produto correto para o seu tipo de estria
É preciso redobrar a atenção com produtos que fazem promessas milagrosas. “Muitos cosméticos prometem eliminar as estrias, mas devemos prestar atenção na composição e ao tipo de estrias. Isso porque as estrias vermelhas podem responder bem ao tratamento tópico, mas é importante que o produto seja formulado com ativos realmente eficazes para esse fim, como o ácido retinóico, que, vale ressaltar, é contraindicado para gestantes”, diz o médico.
Contudo, o Dr. Renato Soriani explica que mesmo os cosméticos com ácido retinóico possuem uma ação limitada e não funcionam no tratamento das estrias brancas. “Quando adquirem essa coloração esbranquiçada, as estrias já estão cicatrizadas e não há cosmético capaz de reparar as fibras danificadas”, alerta.
2. Invista em protocolos que combine diferentes tecnologias
No caso do tratamento das estrias brancas, o ideal então é apostar nos procedimentos estéticos. E é especialmente interessante investir em protocolos que combinem tecnologias cuja ação é complementar no combate dessas alterações. É o caso da associação entre a radiofrequência microagulhada Morpheus e o laser de picossegundos Picolo.
“Ambas as tecnologias proporcionam o remodelamento do colágeno danificado de maneiras distintas e em diferentes camadas da pele, assim garantindo um efeito potencializado. Enquanto o laser de picossegundos gera pontos de coagulação que favorecem a produção de colágeno, o Morpheus aquece a pele por meio da energia de radiofrequência liberada em profundidade pelas agulhas”, expõe o dermatologista.
Além disso, o profissional ressalta a ação das microagulhas do equipamento para a qualidade do tratamento das estrias. “As microagulhas geram pequenas lesões que, ao cicatrizarem, estimulam a regeneração celular, a proliferação de células-tronco e vasos sanguíneos e a síntese de colágeno e elastina. Então, com essa combinação, conseguimos suavizar significativamente a aparência das estrias”, destaca.
3. Evite criar expectativas com base em propagandas
Por fim, o Dr. Renato Soriani ressalta a importância de ter expectativas realistas quando o assunto é o tratamento de estrias. “Não se engane por apelos de marketing e promessas milagrosas. Como qualquer cicatriz, estrias são permanentes, não sendo possível eliminá-las completamente para restaurar a pele ao estado em que se encontrava antes de seu surgimento”, afirma.
“No entanto, essas novas tecnologias, especialmente quando combinadas, são extremamente eficazes na suavização da aparência dessas alterações, tornando-as pouco perceptíveis quando o plano de tratamento é personalizado e realizado corretamente”, finaliza o médico.
Por Maria Claudia Amoroso