Entenda a relação entre câncer de pele e exposição solar
Nos últimos anos, os cuidados com a pele têm sido mais discutidos e implementados na rotina de diferentes pessoas. No entanto, o uso do protetor solar ainda tem ficado em segundo plano na rotina de skincare. Não à toa, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o câncer de pele, que pode ser prevenido com o uso desse produto, representa cerca de 33% de todos os diagnósticos da enfermidade no país.
Causas e fatores de risco do câncer de pele
O câncer de pele se origina por vários motivos:
- Excesso de sol ao longo da vida;
- Exposições pontuais ao sol, em que há queimadura da pele, especialmente com bolhas;
- História familiar/genética;
Além disso, outros fatores aumentam o risco, como:
- Tabagismo;
- Uso de produtos químicos;
- Metais pesados, fuligem, entre outros.
Tipos de câncer de pele
O câncer de pele é ordenado pelo menor e maior índice de mortalidade e é dividido em três tipos:
- Carcinoma basocelular;
- Carcinoma espinocelular;
- Melanoma.
Uso incorreto do protetor solar
De acordo com a dermatologista Paula Sian, entre os fatores de risco para o câncer de pele está na aplicação do protetor solar. Ao longo de sua experiência com pacientes em consulta, a médica percebeu que as pessoas não se protegem corretamente do sol, e quando o fazem é de forma incorreta, ou seja, se expondo ao risco da mesma maneira.
“A maioria das pessoas são conscientes do uso da proteção solar, só se esquecem que só é possível obter a eficácia se reaplicar o produto ao longo do período de exposição; do contrário, não há proteção suficiente”, explica.
Outra informação importante que as pessoas ignoram ou preferem ignorar são os horários recomendados e o uso de outros meios de proteger-se dos raios solares. Chapéus, óculos escuros, tecidos com proteção solar, sombra e, principalmente, o tempo de contato direto com os raios solares.
Perfis com tendência a ter câncer de pele
A médica explica que todo câncer tem mais probabilidade de sucesso e cura quando descoberto ainda no início. Por isso, é importante estar atento aos sinais, principalmente nos casos em que há hereditariedade, e procurar um especialista para avaliar os sinais.
Nesse sentido, existem perfis que precisam de mais atenção. Tais como:
- Histórico de câncer de pele na família;
- Ter mais de 65 anos;
- Possuir muitas sardas e pintas pelo corpo;
- Ter sido exposto a longos períodos ao sol durante a vida;
- Peles claras que apresentam vermelhidão com a exposição aos raios solares.
Paula Sian também alerta sobre o cuidado com as crianças, uma vez que elas não entendem que o sol de hoje pode trazer consequências para o futuro.
Tratamentos indicados para a doença
Os tratamentos para a doença variam de acordo com o tipo e estágio de cada paciente. Os métodos mais comuns são:
- Cirurgia;
- Curetagem;
- Eletrodissecação;
- Criocirurgia;
- Laser;
- Terapia fotodinâmica.
Cuidados para evitar problemas com a exposição solar
O câncer de pele, assim como o de pulmão e alguns outros, estão ligados à autorresponsabilidade, ou seja, eles podem ser evitados ou minimizados com cuidados essenciais. Isso não significa deixar de desfrutar das férias de verão. Basta aproveitar de forma consciente:
- Evitar se expor nos horários entre 10h e 15h;
- Aplicar protetor solar antes de vestir a roupa e reaplicar a cada vez que sair da água, e a cada 3 horas;
- Usar protetores solares em grande quantidade, até a pele ficar esbranquiçada. Fique tranquilo, pois o produto será absorvido em minutos;
- Usar roupas com proteção solar, como camisetas e chapéus;
- Usar óculos de sol;
- Hidratar-se sempre com água e sucos, evitar refrigerantes e bebidas alcoólicas, pois tem maior risco de desidratação no calor.
Consulte um especialista
Paula Sian reforça a importância de fazer acompanhamento anual com o dermatologista. A checagem das pintas e a monitorização dos pacientes que já tiveram câncer de pele é fundamental para ter certeza de que aquele câncer que foi retirado não voltou ou se não apareceram novas lesões.
Por Bruna Caires