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Entenda como é possível enfrentar a autossabotagem

Jovem calma de pé perto do mar com os olhos fechados e expressando relaxamento

A autossabotagem pode assumir diversas formas (Imagem: Olena Yakobchuk | ShutterStock)

Tinha que concluir o projeto até ontem. Havia o tempo suficiente para isso. Precisava daquela manhã, justa, com horário necessário para a conclusão, e lá estava ela disponível, após a caminhada matinal e o café. Até o sol acompanhando o cortejo de nuvens favorecia um clima ameno e confortável.

Bastou uma conversa a mais com o vizinho da esquina para colocar tudo a perder. O compromisso seguinte entrou como um raio, e as horas viraram minutos corridos com pequenas tempestades de ansiedade.

Enxergando o lado ruim

Mais tarde, refleti e constatei que isso estava se repetindo muito nos últimos meses. Era uma autossabotagem. Como a frequência desse tipo de situação era bem recorrente, resolvi pedir ajuda. Foi quando pesquisei e descobri que existem vários tipos de autossabotagens.

Um deles, que não é o meu caso, é aquele que sempre vê as coisas, em que o principal sintoma é sempre enxergar primeiro a parte ruim das situações, o que impede a pessoa de reconhecer suas conquistas. Além disso, ela pode não aproveitar o lado bom da vida.

Medo de errar e comparação com os outros

Outro tipo comum, que em uma determinada época da minha vida me aprontava, era o medo constante de errar: o medo é o maior sabotador que existe. Ele nos paralisa e impede de caminharmos. Isso faz com que a pessoa deixe de se sentir capaz de efetuar tarefas. Esse fator afeta todo o círculo social e as relações pessoais.

Existe ainda outra maneira (que felizmente não se aplica a mim) que é aquele tipo de autossabotagem advinda do hábito de se comparar aos outros. Essa é uma das maiores formas de se autossabotar, pois sentir-se insuficiente atrapalha nosso crescimento.

É necessário entender a motivação dos nossos compromissos (Imagem: fizkes | ShutterStock)

Enfrentando a procrastinação

Mas a minha questão está em adiar tarefas importantes; é a tal procrastinação. A consequência desse adiamento é um alto grau de estresse, pois acabo tendo de dar conta de muitas tarefas no limite do prazo. Como lidar com isso? O primeiro passo é tomar consciência. Percebi que meu corpo sentia preguiça e a mente completava com distração ou interrupção de ação ou foco.

O segundo passo é mudar o comportamento. Para isso, é necessário muitas vezes entender qual é a motivação pela qual determinados compromissos tocam nosso interior. Uma coisa que ajuda é falar da situação. Pois é neste momento em que me encontro, entre reflexões e buscas. Enquanto isso, mais uma vez perdi o prazo de entrega do projeto. Trata-se do artigo para esta coluna. Foi então que resolvi escrever sobre isso.

Por Kaká Werá – revista Vida Simples

É um ecologista do ser e cultivador da arte do equilíbrio da natureza humana.

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