Produtos diets sem indicação médica podem colocar sua saúde em risco

Produtos diets sem indicação médica podem colocar sua saúde em risco
Consumo de produtos diets é pouco sustentável e nutritivo (Imagem: AntonioGuillem | Shutterstock)

Uma alimentação saudável e equilibrada é fundamental para garantir nosso bem-estar. No entanto, há uma crescente adesão a dietas restritivas, com o consumo frequente de produtos etiquetados como “diets”. Embora esses alimentos possam ser seguros para indivíduos com restrições nutricionais, para a maioria das pessoas sem necessidades específicas, optar por uma dieta baseada nesses produtos pode ser prejudicial à saúde.

Conforme a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o termo diet é usado nos alimentos para dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas, sódio). Os produtos diets são aqueles que têm zero de algum ingrediente, como açúcar, gordura ou sódio.

Contribuem para a deficiência de nutrientes

Eles são geralmente indicados por quem tem problemas de saúde, como diabetes, pressão alta ou colesterol alto.

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Para indivíduos que não possuem restrições, especialistas alertam que esse tipo de dieta, além de pouco sustentável, pode acarretar deficiência de nutrientes, suporte energético reduzido, compensação alimentar, problemas renais e até risco de distúrbios alimentares. O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo destaca que “alimentos diets não necessariamente são mais saudáveis, e nem todas as pessoas devem consumi-los”.

Mesa com brócolis, abacate, laranja, morango e outras frutas espalhadas
A alimentação deve ser diversificada e natural (Imagem: Sea Wave | Shutterstock)

Variedade de alimentos é essencial para o equilíbrio

Uma dieta adequada requer escolhas inteligentes de uma ampla gama de alimentos, e não apenas substituições por versões diets. Alimentos integrais, como frutas, verduras, grãos, leguminosas e oleaginosas devem ser a base da alimentação, combinados de forma balanceada e variada.

Ao considerar uma dieta diet, é importante lembrar que:

  • Pode causar deficiência de nutrientes, por substituir fontes ricas em vitaminas, minerais e fibras por alternativas diets menos nutritivas;
  • Apesar da redução ou eliminação de um nutriente específico, tais produtos tendem a ter alto teor calórico proveniente de adoçantes, emulsificantes e conservantes;
  • Muitas pessoas tendem a “compensar” o consumo de alimentos diets comendo mais de outros não saudáveis, elevando o total de calorias ingeridas;
  • Pode desencadear desordens alimentares, como ortorexia, com foco excessivo em fontes “puras” e restrição severa; 
  • A rotulagem “diet” nem sempre indica opções mais saudáveis, é importante verificar ingredientes e composição nutricional.

“Portanto, em vez de dietas restritivas e pouco sustentáveis, devemos apostar em hábitos alimentares equilibrados, variados e adequados às nossas necessidades individuais. Consultar um especialista é fundamental para elaborar estratégias que promovam saúde de forma integral, respeitando individualidade. Dieta e alimentação saudável resultam de escolhas conscientes baseadas em informação qualificada, e não em promessas rápidas e resultados milagrosos”, finaliza o Dr. Ronan Araujo.

Por Roneia Forte

Redação EdiCase

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