Saiba como o diabetes afeta o processo de cicatrização da pele

Saiba como o diabetes afeta o processo de cicatrização da pele
Glicose elevada interfere no processo de cicatrização de diabéticos (Imagem: Shutterstock)

Para uma boa cicatrização é necessário que alguns elementos funcionem perfeitamente. Dois deles são: a irrigação sanguínea e a concentração de oxigênio no local machucado. Essa ação é perfeita para que os leucócitos, as plaquetas e as células-troncos se diferenciem em outras células produzindo colágeno e vasos sanguíneos para a cicatrização do local ferido. “Nos pacientes com diabetes, a glicose elevada interfere negativamente nesse processo, atrapalhando o processo de regeneração do tecido”, explica a Dra. Lucia Henriques Alves da Silva, endocrinologista.

Fatores que influenciam na cicatrização

De acordo com a Dra. Lucia Henriques Alves da Silva, alguns dos principais fatores que influenciam na cicatrização de um paciente, são:

  • Idade do paciente;
  • Estado nutricional;
  • Circulação sanguínea do local;
  • Histórico de tabagismo ou alcoolismo;
  • Presença de algumas doenças como diabetes;
  • Câncer e AIDS (Síndrome Imunodeficiência Adquirida);
  • Uso de determinados medicamentos que podem dificultar a cicatrização, como corticosteroides ou quimioterápicos.
Pessoa colocando curativo no dedo
Manter o ferimento limpo e utilizar curativo ajuda no processo de cicatrização (Imagem: Shutterstock)

Sinais de infecção

O paciente com diabetes deve ficar atento aos sintomas que indicam que a ferida não está cicatrizando corretamente, pois são sinais de infecção:

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  • Extensão do ferimento;
  • Presença de intensa vermelhidão ao redor da ferida;
  • Placas enegrecidas e dor local.

Portanto, cuidados básicos devem ser mantidos para uma melhora na região afetada, como manter o ferimento sempre limpo, com curativos adequados, evitar traumas, para que não aumente a pressão no local, e utilizar remédios de acordo com a orientação médica.

Observação: em casos de pacientes diabéticos com complicações vasculares e neuropatia (perda de sensibilidade), a cicatrização será mais demorada.

Casos de ferimentos extremos

Em alguns casos de ferimentos muito graves, é preciso amputar os membros, pois pode haver limitação de movimentos. Isso ocorre devido a perda total de vitalidade do tecido. “Infelizmente a amputação é necessária para que não ocorra a extensão da infecção para todo o corpo, inclusive com o risco de óbito”, esclarece a Dra. Lucia Henriques Alves da Silva.

Cuidados necessários

A primeira recomendação é limpar o ferimento e evitar substâncias contaminadas, que podem agravar a situação, como pó de café e açúcar. O mais indicado, após a limpeza no local, é procurar um médico. “O ferimento pode ser mantido aberto ou fechado, de acordo com o estágio de cicatrização e com a decisão do paciente”, afirma a endocrinologista.

Precauções com o pé diabético

Os cuidados com os pés geralmente causam preocupação em pacientes e médicos. Por vezes, eles passam despercebidos pela maioria dos indivíduos, principalmente aqueles que já perderam a sensibilidade. Por causa disso, a Dra. Lucia Henriques Alves da Silva recomenda que o paciente, todos os dias, faça a inspeção dos pés, mantendo-os limpos, secos e hidratados. Além disso, também é importante evitar andar descalço ou utilizar calçados inadequados, que causem atritos na pele, e não retirar cutículas. Dessa forma, evita-se o surgimento de feridas nos pés.

Redação EdiCase

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