Veja os sinais da síndrome do impostor e como tratá-la
A síndrome do impostor é um fenômeno psicológico que, segundo dados do International Journal of Behavioral Science, afeta cerca de 70% da população mundial, especialmente no ambiente profissional. Caracterizada por uma sensação persistente de inadequação e dúvida sobre suas próprias habilidades, essa condição pode ter um impacto significativo na vida dos indivíduos.
Causas da síndrome
A síndrome do impostor é uma condição psicológica em que indivíduos competentes e bem-sucedidos têm dificuldade em internalizar suas realizações, vivendo com o medo constante de serem expostos como “fraudes”, explica a psicóloga clínica Tatiane Paula.
“As causas dessa síndrome são variadas e incluem fatores familiares e sociais, como crescer em ambientes onde o sucesso é altamente valorizado e o fracasso severamente criticado. Traços de personalidade, como perfeccionismo e alto neuroticismo, também contribuem, assim como experiências passadas que minaram a autoconfiança e reforçaram crenças de inadequação”, acrescenta.
Sinais de alerta
Segundo a especialista, os sinais mais comuns da síndrome do impostor incluem:
- Autocrítica excessiva;
- Desvalorização das conquistas;
- Medo de falhar;
- Ansiedade;
- Estresse e procrastinação.
A longo prazo, Tatiane Paula explica que a síndrome também pode resultar em problemas sérios de saúde mental, como:
- Ansiedade crônica;
- Depressão;
- Esgotamento emocional.
“Reconhecer os sinais e buscar ajuda é essencial para superar seus efeitos. Cultivar um ambiente que valorize o crescimento pessoal, reconhecer as realizações individuais e promover o apoio mútuo pode fazer uma grande diferença na vida daqueles que enfrentam essa condição”, diz a psicóloga.
Consequências do problema na vida social e profissional
No âmbito profissional, a especialista explica que a síndrome do impostor pode levar à procrastinação, burnout e subdesempenho. “Pessoas afetadas frequentemente evitam tarefas por medo de falhar, trabalham excessivamente para compensar a sensação de inadequação e não se candidatam a promoções ou novos desafios devido à autossabotagem. No âmbito pessoal, a síndrome pode causar ansiedade, estresse, baixa autoestima e isolamento social”, diz Tatiane Paula.
Tratamentos indicados
A psicóloga explica que o tratamento pode envolver uma combinação de abordagens, “como psicoterapia cognitivo-comportamental, aconselhamento, grupos de apoio e práticas de autocuidado, incluindo meditação e mindfulness”.
Ela ainda destaca a importância da terapia para o tratamento da condição. “A terapia é uma ferramenta poderosa para superar obstáculos e fortalecer a resiliência. Lembre-se: pedir ajuda é um sinal de força, não de fraqueza. Com o suporte adequado, é possível transformar a maneira como nos vemos e alcançar uma vida mais equilibrada e satisfatória”, finaliza.
Por Lais Fiocchi