Veja por que a automedicação pode mascarar dores

Veja por que a automedicação pode mascarar dores
A automedicação pode mascarar o desconforto, sem tratar a causa do problema (Imagem: Prostock-studio | Shutterstock)

Muitas vezes, quando sentimos dor, nossa primeira reação é alcançar um remédio para aliviar o desconforto. É como uma solução rápida, uma maneira de seguir em frente sem incômodo. O problema é que geralmente esses medicamentos apenas camuflam e não resolvem o verdadeiro problema.

De acordo com um estudo conduzido em 2021 por pesquisadores associados à Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (Sbed), com diversas instituições de ensino superior do país, foi observado que a dor crônica afeta aproximadamente 45,59% da população brasileira.

Investigue a causa da dor

O Dr. Benjamim Brito, ortopedista especialista em medicina regenerativa da clínica Ortholife, alerta sobre a automedicação para a dor. “Os remédios para dor são como máscaras temporárias. Eles não resolvem a causa real do problema. Enquanto eles podem nos fazer sentir melhor por um tempo, a causa do incômodo ainda está lá, esperando para ser tratada”, explica.

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Como podemos saber se estamos apenas “mascarando” os problemas? É simples, se precisarmos tomar remédios constantemente para evitar a dor, e se ela voltar rapidamente quando pararmos de tomar, é um sinal de que algo mais profundo precisa ser tratado.

“Uma das abordagens para lidar com as dores é focar em cuidar da pessoa como um todo, investigando diferentes aspectos de sua vida, como hábitos de sono, dieta e atividade física, as questões emocionais e mentais, procurando entender a causa”, comenta o especialista.

Mulher tomando comprimido com água
A automedicação pode levar a efeitos colaterais e agravar problemas de saúde (Imagem: Aquarius Studio | Shutterstock)

Riscos da automedicação

Segundo a pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), feita em 129 municípios das cinco regiões do país, a cada dez brasileiros, oito tomam remédio por conta própria, fazendo com que o índice chegue a 91% das pessoas na faixa etária de 25 a 34 anos. 

“A automedicação é uma prática preocupante que pode acarretar consequências graves para a saúde. Tomar medicamentos sem orientação profissional pode resultar em efeitos colaterais indesejados e complicar ainda mais o quadro clínico. É fundamental entender que cada indivíduo possui características únicas, e o que é adequado para um não necessariamente será para outro”, finaliza o médico.

Por isso, ao sentir qualquer tipo de dor, procure ajuda médica antes de tomar medicamentos por conta própria.

Por Lucas Ariza

Redação EdiCase

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