Fluoxetina: veja como e quando usar esse remédio para ansiedade

Fluoxetina: veja como e quando usar esse remédio para ansiedade
A fluoxetina é recomendada para o tratamento da depressão e ansiedade (Imagem: luchschenF | Shutterstock)

O cloridrato de fluoxetina, também conhecido como Prozac, é um antidepressivo que pertence à classe dos Inibidores Seletivos de Recaptação de Serotonina (ISRS). Ou seja, ele aumenta a quantidade da serotonina no cérebro, que é um neurotransmissor responsável por regular o comportamento, a atenção, o humor, a memória e o apetite. 

Na maioria das vezes, a fluoxetina é recomendada para o tratamento da depressão e ansiedade. Contudo, segundo a Dra. Lívia Beraldo, psiquiatra do Hospital Santa Paula, o medicamento também pode ser utilizado em casos de transtornos de personalidade, estresse pós-traumático, distúrbios alimentares e TOC (transtorno obsessivo-compulsivo)

Dosagem da fluoxetina

A dosagem da fluoxetina deve ser estabelecida de forma individualizada e sempre recomendada por um médico. “Fatores como idade, sexo, intensidade dos sintomas e comorbidades são importantes na decisão”, explica o psiquiatra Dr. José Napoleão Cavalcante. 

Benefícios do antidepressivo 

Além de controlar os sintomas de diferentes transtornos mentais, a fluoxetina também oferece outros benefícios para a saúde. Segundo o Dr. José Luis Oliveira, psiquiatra da rede Kora Saúde e diretor da APES (Associação Psiquiátrica do Espírito Santo), o uso do medicamento está relacionado a um melhor funcionamento dos sistemas endócrino, gastrointestinal e imunológico.

Efeitos colaterais da fluoxetina

Conforme relata a Dra. Lívia Beraldo, os principais efeitos colaterais da fluoxetina são:   

  • Diminuição do apetite; 
  • Sonolência; 
  • Dor de cabeça; 
  • Insônia; 
  • Ansiedade; 
  • Fraqueza; 
  • Náusea; 
  • Diarreia. 

A médica psiquiatra também alerta que os efeitos colaterais e suas intensidades variam de pessoa para pessoa. Por isso, consultar um médico antes de utilizar essa medicação é muito importante.

Pílulas de remédio formando um rosto triste e outro feliz
A fluoxetina só pode ser utilizada após avaliação médica (Imagem: Lightly Stranded | Shutterstock)

Fluoxetina pode causar dependência? 

A Dra. Lívia Beraldo explica que os antidepressivos que atuam sobre a serotonina, como a fluoxetina, ou aqueles que atuam sobre a serotonina e noradrenalina ao mesmo tempo, não apresentam riscos de dependência. 

Ainda, o Dr. José Napoleão Cavalcante acrescenta que algumas pessoas manifestam uma síndrome ligada à retirada do medicamento. No caso, “elas têm a impressão de que estão viciadas na medicação por piorarem após a interrupção, mas isso não significa que exista dependência à substância”, esclarece.  Dessa maneira, antes de realizar o desmame do medicamento, isto é, parar de utilizá-lo, é importante consultar um médico.

Cuidados com o uso da fluoxetina

Apesar de a fluoxetina ser considerada uma medicação segura e sem riscos de dependência, ainda é necessário tomar alguns cuidados na hora de utilizá-la. “Antes de mais nada, é preciso passar por uma avaliação médica e receber uma prescrição para iniciar o tratamento. Nessa avaliação, o médico deve levar em conta a indicação terapêutica para orientar as necessidades do paciente”, analisa o Dr. José Luis Oliveira. Além disso, a Dra. Lívia Beraldo afirma que é essencial que o paciente use o medicamento conforme a prescrição e não interrompa a utilização sem a devida orientação médica.  

Combinação com outros medicamentos 

Embora a fluoxetina possa ser combinada com diversos medicamentos, há alguns que devem ser evitados. A Dra. Lívia Beraldo lista os remédios que alteram ou diminuem o efeito do antidepressivo

  • Diazepam; 
  • Lítio; 
  • Amitriptilina; 
  • Bupropiona; 
  • Propranolol; 
  • Varfarina; 
  • Fenelzina; 
  • Isocarboxazida; 
  • Tranilcipromina; 
  • Ácido acetilsalicílico. 

Quem não pode usar a fluoxetina? 

Segundo as informações presentes na bula, a fluoxetina é contraindicada para gestantes, lactantes e pessoas que apresentam hipersensibilidade ao princípio ativo do remédio ou a qualquer outro componente de sua fórmula. A Dra. Lívia Beraldo ainda ressalta que é preciso atentar-se ao uso do antidepressivo em casos de doenças cardíacas, glaucoma, diabetes e epilepsia. 

Agnes Faria

Jornalista pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Entusiasta das ideias e nuances do jornalismo moderno. Já atuou na produção de conteúdo para portais de notícias, revistas, blogs e redes sociais. Na EdiCase, escreve sobre diferentes temáticas, como informática, educação, saúde e entretenimento.

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