Autocuidado é importante no tratamento da síndrome do burnout

Autocuidado é importante no tratamento da síndrome do burnout
O trabalho excessivo pode desencadear problemas no corpo e na mente (Imagem: fizkes | Shutterstock)

Em um mundo cada vez mais acelerado e competitivo, é comum que as pessoas enfrentem desafios relacionados à saúde mental devido às demandas da vida profissional e ao ritmo frenético que caracteriza a sociedade moderna. Mais que apenas o cansaço causado pela rotina de trabalho, a síndrome de burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, é um distúrbio emocional complexo.

A síndrome se manifesta por meio de uma interseção de sintomas físicos, emocionais e cognitivos, todos tendo como origem o ambiente laboral, em que a pressão, a competitividade e as altas expectativas desempenham um papel significativo. O impacto da condição é significativo, afetando a saúde e o bem-estar de muitos profissionais em todo o mundo, e é vital compreender seus mecanismos e buscar estratégias para prevenção e manejo eficazes.

Prevenção e hábitos saudáveis

Alguns comportamentos individuais podem ajudar a prevenir o desenvolvimento do burnout. A psicóloga Sabrina Tardin Abreu, do time de atendimento psicológico da Amparo Saúde, empresa de atenção primária à saúde do Grupo Sabin, recomenda a adoção de um estilo de vida com hábitos mais saudáveis que favorecem a saúde mental e física.  

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“Podemos citar, por exemplo, atividades de relaxamento, qualidade do sono, exercícios físicos, hobbies, prática da fé, independente da religião que ela [a pessoa] pratique, conexões sociais, com vizinhança, familiares e amigos, alimentação moderada, como também o próprio equilíbrio entre a vida profissional e pessoal”, lista a profissional.

“Isso tudo passa por uma boa gestão do tempo, definição de metas realistas, divisão de tarefas, sempre que possível, e o apoio de colegas, amigos ou profissionais de saúde mental para compartilhar preocupações e receber suporte”, acrescenta. 

Homem jovem trabalhando no computador
O trabalho excessivo afeta a saúde mental e física, com sintomas que vão desde dor de cabeça até depressão (Imagem: Jelena Zelen | Shutterstock)

Reconhecendo o burnout

Essa é uma realidade que afeta a saúde e o bem-estar de muitos profissionais em todo o globo. “Existem pessoas que vão resistindo e arrastando o quadro por muito tempo. E aí surgem manifestações extremas até que essas pessoas conseguem buscar ajuda, seja por iniciativa própria, encaminhamento da empresa ou conselhos de pessoas próximas. Algumas vezes, será necessário o afastamento do trabalho”, destaca.  

Sintomas do esgotamento profissional

A especialista explica que algumas características e sintomas são semelhantes a outros quadros clínicos, por isso somente um profissional de saúde mental poderá distinguir um quadro típico de burnout. “Toda vez que o indivíduo começa a apresentar ansiedade, depressão, tristeza profunda, irritabilidade, a pessoa deve alertar que algo não vai bem. São sinais para buscar ajuda. Todo sintoma, por pior que ele seja, é um pedido de realinhamento do indivíduo”, reflete.  

A psicóloga ainda esclarece que o corpo pode apresentar desde sinais físicos a emocionais. “A síndrome de burnout pode gerar dor de cabeça frequente, alterações no apetite, insônia, pressão alta, dores musculares, problemas gastrointestinais, alteração nos batimentos cardíacos, sentimentos de fracasso e insegurança, negatividade constante, sentimentos de derrota e desesperança, sentimentos de incompetência, alterações repentinas de humor, isolamento, fadiga, dificuldades de concentração, entre outros”. 

Buscando ajuda e tratamento

Reconhecer os sinais precoces e buscar tratamento adequado são passos essenciais para superar esse desafio. “Como todo processo de adoecimento, quanto antes diagnosticada a síndrome, mais fácil de ser tratada. Com o acompanhamento adequado, a pessoa que sofre com burnout tem a chance de ressignificar a vida e, inclusive, viver melhor do que antes desse quadro”, completa a profissional. 

As abordagens de tratamento podem incluir psicoterapia, mudanças no ambiente de trabalho para modificar fatores que contribuem para o esgotamento, medidas de autocuidado, com foco em estratégias de relaxamento, como mindfulness, meditação e técnicas de respiração. Em alguns casos, medicamentos podem ser recomendados para tratar sintomas específicos, como ansiedade ou insônia.

Por Anne Candal Pinheiro 

Redação EdiCase

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