Como as mudanças físicas interferem na vida sexual durante a terceira idade

Como as mudanças físicas interferem na vida sexual durante a terceira idade
Vida sexual tem grande influência na qualidade de vida dos idosos (Imagem: Shutterstock)

As buscas por uma alimentação saudável, a prática de exercícios e consultas regulares com um médico podem melhorar muito a qualidade de vida na terceira idade. Quanto melhor estiver a saúde, melhor será a qualidade do tempo livre, que é mais abundante nesta fase da vida. Entretanto, além de falar sobre alimentação e atividade física, é muito importante falar sobre a vida sexual na terceira idade. Este assunto ainda é muito reprimido na sociedade e, por outro lado, exerce uma grande influência na qualidade de vida.

Principais mudanças no corpo da mulher

Segundo a Dra. Mônica Lopes, fisioterapeuta pélvica e especialista em saúde da mulher, a mudança mais marcante para a mulher ocorre no climatério (fase que começa antes da menopausa e se estende alguns anos depois) e se prolonga com a menopausa, gerando consequências físicas e emocionais em relação à saúde sexual.

Na terceira idade, ela “pode apresentar as consequências da menopausa, como a secura vaginal, dor no coito, maior tendência a infecção urinária e vaginal, flacidez perineal, incontinência urinária, osteoporose e doenças cardiovasculares”, explica Mônica Lopes.

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A relação da mulher com a atividade sexual sempre esteve muito ligada à situação psicológica, isso ocorre em todas as fases da vida. Entretanto, na terceira idade ela está mais suscetível a depressões e mudanças de humor, o que atrapalha o interesse sexual.

Principais mudanças no corpo do homem

No homem, com o avançar da idade, ocorre uma queda progressiva na produção de testosterona (hormônio sexual masculino). “Na prática médica, é denominado Declínio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM) e, na comunidade leiga, é conhecido como ‘Andropausa’”, explica o Dr. Francisco Coutinho, médico urologista.

Ainda segundo ele, os sintomas da andropausa não são apenas sexuais, como a diminuição do desejo e do desempenho sexual. Há também uma série de sintomas, como alteração do sono, depressão, irritabilidade, diminuição da massa muscular, osteoporose, entre outros.

Além disso, a qualidade erétil diminui e o homem passa a apresentar maior dificuldade em obter e em manter uma ereção peniana rígida para uma relação sexual. Ainda de acordo com o Dr. Francisco Coutinho, muitas vezes esta diminuição da ereção se traduz como um quadro de ejaculação rápida, diminuindo o prazer na relação.

Casal de idosos correndo em um parque
A prática de atividade física é importante para os idosos (Imagem: Shutterstock)

Como driblar as mudanças que interferem na vida sexual

Existem diversas formas de melhorar o prazer e o interesse sexual nessa fase da vida.  A boa alimentação, atividade física, consultas em ginecologistas e psicólogos são sempre boas práticas preventivas para um envelhecimento saudável.

Além disso, “a mulher pode contar também com um aprimoramento sexual através de uma área que cuida especificamente dos músculos perineais, que participam ativamente no ato sexual e que podem apresentar flacidez no climatério e menopausa: a fisioterapia uroginecológica”, destaca a Dra. Mônica Lopes.

Para o homem, além de uma alimentação saudável, da prática de atividades físicas e da prevenção de doenças crônicas, é muito importante “manter muito diálogo com a parceira, reconhecer suas limitações e dificuldades, o que para o homem pode ser a parte mais difícil, e seguir um tratamento que aprimore a vida sexual”, indica o Dr. Francisco Coutinho.

Cuidados com as doenças

Quando se tem uma vida sexual ativa na terceira idade, é muito importante ter um controle médico rigoroso, pois, como o sexo é uma atividade física, é bom estar atento à saúde do coração e do pulmão. A utilização da camisinha também é indispensável nessa fase da vida. “Qualquer pessoa com a vida sexual ativa deve se atentar para os riscos de doenças sexualmente transmissíveis (DST) como HPV, AIDS, hepatites B e C, dentre outras”, alerta a Dra. Mônica Lopes.

Redação EdiCase

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