Descubra os riscos do vício em jogos eletrônicos na infância

Descubra os riscos do vício em jogos eletrônicos na infância
O vício em jogos pode ser prejudicial para a saúde mental e para o desenvolvimento infantil (Imagem: Aleksandar Malivuk | Shutterstock)

Apesar da ideia de que jovens e crianças são os mais afetados pelo vício por jogos eletrônicos, qualquer pessoa pode se tornar vítima. “Encontramos, como usuários destes jogos, indivíduos de todas as idades: adultos, adolescentes e crianças. Embora os mais suscetíveis sejam adolescentes e adultos, todos ficam expostos às características de dependência que estes jogos oferecem”, explica a psicóloga Mirella Benevenuto.

Segundo ela, algumas dessas características são: gratificação imediata, ritmo acelerado e imprevisibilidade. Esse tipo de jogo pode funcionar como um mundo paralelo cheio de aventuras e sonhos, mas terminar como um pesadelo.

Perfil do jogador eletrônico

A pessoa viciada em jogos eletrônicos traz uma obstinação pelo jogo, não aceita perder e afirma jogar para se divertir. Tem muita dificuldade em controlar o impulso pelo jogo e gasta muito tempo com isso.

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“Essencialmente, [há] substituição de múltiplas possibilidades de uso do tempo e de desfrute de prazer pelo uso exagerado reconhecidamente de horas usadas para jogar, preparar jogos e conseguir mais jogos”, afirma Hewdy Lobo Ribeiro, médico psiquiatra forense.

Jovem jogando no computador
Os pais devem se atentar quando as crianças deixam de fazer outras atividades para jogar (Imagem: panuwat phimpha | Shutterstock)

Cuidado com as crianças

É inegável que a internet e a falta de espaço para praticar atividades ao ar livre acabaram levando as crianças para frente do computador, por isso merecem mais atenção. “Pesquisas revelam que quase todas as crianças e jovens de 8 a 18 anos adotam os jogos eletrônicos como parte fundamental e, às vezes, exclusiva para suas vidas, ocasionando, entre efeitos negativos, a obesidade, a timidez e a agressividade”, afirma Bartira Mendes.

Atenção aos sinais

Os pais devem ficar atentos quando as crianças deixam de fazer outras atividades para jogar. O ponto de atenção deve surgir “quando, de forma claramente incontrolável, substituem tempo de alimentação, ida ao banheiro, estudo, sono e relacionamentos interpessoais pelo uso de jogos, busca de novos jogos e cuja vida, ao invés de vivência politemática, passa a ficar monotemática em jogos”, analisa Hewdy Lobo Ribeiro.

Consequências do vício em jogos eletrônicos

A psicóloga Mirella Benevenuto ressalta que, até os 21 anos, o cérebro não está completamente formado e que a capacidade de decisões, julgamentos e autocontrole do jovem não está plenamente desenvolvida. Isso, por sua vez, acaba “provocando o desejo de ficar cada vez mais conectado neste mundo virtual. Isso o faz desenvolver uma compulsão. A mesma compulsão semelhante a que se verifica nos viciados em drogas, álcool e jogos de azar”, alerta.

Segundo ela, esse “comportamento compulsivo, agora já um vício, contribuirá ao indivíduo o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos e crises de abstinência, comprometendo sua capacidade de interagir socialmente com amigos e familiares, a noção de tempo, o interesse por outras atividades e a escola”. Independentemente da idade do jogador, é importante ficar atento: nada que rouba seu tempo com a família, te impeça de dormir, estudar ou fazer qualquer outra atividade do dia a dia é considerado normal!

Matilde Freitas

Jornalista, psicanalista e vegetariana. Possui mais de 8 anos de experiência no mercado editorial. Além de produzir diversos conteúdos para EdiCase Publicações e Portal EdiCase, escreve para revistas e sites ligados ao veganismo e ao empoderamento feminino.

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