7 dicas para pessoas autistas desenvolverem o autoconhecimento

7 dicas para pessoas autistas desenvolverem o autoconhecimento
Refletir sobre os próprios interesses é uma das formas de se conectar com o eu interior (Imagem: yabluko_draws | Shutterstock)

Algumas pessoas com autismo têm a habilidade de esconder ou controlar certas características do Transtorno do Espectro Autista. Chamada de “masking” ou, em português, mascaramento, essa estratégia é adotada por elas para serem mais facilmente aceitas pela sociedade, mascarando comportamentos que são considerados atípicos. Algumas, por exemplo, tendem a esconder o hiperfoco, isto é, o interesse grande por algo ou determinado assunto, com medo do que os outros possam pensar ou falar.

Uma das abordagens criadas para quebrar esse paradigma “oculto” do autismo foi a Semana do Interesse Especial, idealizada por Jersey Noah. Esse método propõe sugestões destinadas a ajudar pessoas autistas a compartilharem e refletirem sobre as coisas que lhes trazem alegria.

Para contribuir com as ações, o psicólogo social americano Devon Price, blogueiro e autor focado em autismo, adaptou algumas dessas instruções e as inseriu junto a outros depoimentos e exercícios no livro Autismo Sem Máscara, que chega ao Brasil pela Versos Editora. 

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A seguir, o psicólogo compartilha algumas dessas ações para ajudar pessoas com autismo a refletir sobre as preferências que motivam a sua alegria. Confira!

1. Pense em um interesse especial antigo

Este é um momento para pensar em um hobby que cultiva há algum tempo. Esses interesses podem variar e ter origem na infância ou adolescência: colecionar objetos, praticar um esporte, estudar determinado tema ou explorar o lado artístico.

2. Reflita sobre um interesse recente

Para seguir esta ação, reflita sobre uma área ou um tópico que tenha capturado sua atenção de forma significativa recentemente, como assistir a séries ou ler um livro. Explorar essas preferências pode ser enriquecedor.

3. Lembre-se dos interesses que se transformaram

Os gostos mudam, se transformam. Lembre-se de algo específico que se transformou, que se desenvolveu, aumentou ou sofreu alguma mudança significativa ao longo dos anos. Afinal, os interesses pessoais podem ser influenciados pela vivência, por aquilo que você experiencia.

Selos coloridos
Colecionar selos pode representar um vínculo com a identidade pessoal (Imagem: Nitr | Shutterstock)

4. Análise os gostos por coleções

Isso sugere a ideia de algo que seja uma fonte de dedicação pessoal. Tem alguma coleção de selos? Moedas? A proposta é pensar nesses itens como objetos que transcendem o mero acúmulo material e podem representar vínculos e aspectos de identidade pessoal.

5. Considere as preferências que moldaram a sua vida

Qual o significado das preferências? Certamente, um dos interesses influenciou de forma mais profunda e duradora. Qual foi? Trata-se de uma paixão que não apenas cativou, mas também interferiu em seu desenvolvimento como pessoa.

6. Avalie as habilidades que compartilha com alguém

Mais do que uma simples afinidade, esta é uma forma de conectividade. Quando se divide um interesse em comum, os laços são fortalecidos, há a possibilidade de compreensão mútua e relações profundas. Então, qual interesse você pode dividir com outra pessoa?

7. Pondere os pontos positivos que os interesses trouxeram para a sua vida

Reserve um tempo para valorizar e comemorar as coisas que o motivam. Após descrever hobbies, paixões e coleções, perceba os benefícios que eles trazem, como uma fonte de felicidade, realização e autoconhecimento.

Por Daniela Garbez

Redação EdiCase

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