Entenda a relação entre déficit de atenção e ansiedade em adultos

Entenda a relação entre déficit de atenção e ansiedade em adultos
Ansiedade pode ser confundida com déficit de atenção (Imagem: Elms Art | Shutterstock)

Quando falamos de déficit de atenção, é comum as pessoas relacionarem com o Transtorno do Déficit de Atenção (TDAH). Mas, apesar da associação, pouco se fala que o déficit de atenção em adultos possui outras causas e que, raramente, está relacionado ao TDAH.

“Isso porque o TDAH é um transtorno do desenvolvimento do cérebro da criança em que ocorrem defeitos na regulação da atenção e geralmente trata-se de um quadro que evolui satisfatoriamente com o envelhecimento e em parte dos casos desaparece na vida adulta”, explica a neuropsicóloga Tammy Marchiori, com formação em neurociência pela Harvard e especialização em Terapia Cognitiva pelo Beck Institute.

Causas do déficit de atenção em adultos

Segundo Tammy Marchiori, no adulto, geralmente, o déficit de atenção é causado por outras condições, como ansiedade ou estresse, que podem piorar com os tratamentos medicamentosos convencionais para TDAH. “Os ansiosos podem apresentar desatenção devido ao fato de o cérebro estar intensamente preocupado e hipervigilante. É como um alarme interno tocando o tempo todo dificultando que a pessoa relaxe e se concentre em outras atividades”, diz a especialista.

Ilustração de um homem carregando uma bola de pensamentos
Apesar da confusão com o TDAH, a ansiedade apresenta sintomas próprios (Imagem: eamesBot | Shutterstock)

Sintomas da ansiedade são confundidos com TDAH

Os sintomas da ansiedade podem ser confundidos com os sintomas do TDAH, no entanto, a ansiedade tem o seu próprio conjunto de sinais e, inclusive, pode fazer parte da predicação do TDAH. Entre os sintomas da ansiedade, a neuropsicóloga destaca:

  • Alto grau de insegurança;
  • Medo;
  • Preocupação;
  • Vivem em alerta e preparados para o pior;
  • Fisicamente apresentam aumento de adrenalina e taquicardia;
  • Sudorese;
  • Tremor;
  • Mal-estar no abdômen.

Cuidado com o autodiagnóstico

A especialista alerta sobre o cuidado ao buscar escalas autoaplicáveis na internet em que a própria pessoa identifica os sintomas e existe uma sugestão de diagnóstico. “Isso porque pode não ser TDAH e, muito provavelmente, se tratará de outras condições que também cursam com desatenção. Os tratamentos mais comuns para TDAH são com medicamentos estimulantes do sistema nervoso central e que podem piorar a agitação e a ansiedade”, alerta a profissional.

Por Mayra Barreto Cinel

Redação EdiCase

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