Maternidade: conheça 6 tipos de parto e suas características
O tipo de parto é uma entre as muitas dúvidas que cercam as mães durante a gestação. Por isso, entender como acontece cada um deles dá à mulher mais autonomia e segurança em um momento tão importante da vida.
1. Parto cesárea ou cesariano
É um parto cirúrgico, que deve ser utilizado se houver necessidade, como: pouca dilatação pélvica, o bebê ser desproporcional em relação ao tamanho da pelve, gestante diabética, infecção herpética ativa, o bebê estar em posição invertida e se o trabalho de parto não estiver ocorrendo normalmente.
Caso o médico opte pela cesárea, a gestante recebe anestesia peridural. É colocado à sua frente, na altura do seu tórax, uma tela para assegurar uma melhor assepsia, e a mamãe não acompanha os cortes.
São sete camadas até chegar ao útero, com uma incisão que é feita acima dos pelos púbicos. Quando o médico alcança o bebê, o retira com o máximo de cuidado, a equipe remove a placenta e irá examiná-la. Enquanto isso, o médico fecha o corte com pontos.
A recuperação no parto cesárea é sempre mais lenta e dolorida. Além disso, são necessários mais cuidados, devido ao risco de infecção.
2. Parto de cócoras
É um parto natural, realizado na posição de cócoras ao invés da posição ginecológica. Auxiliada pela gravidade, ele se torna mais rápido. Não ocorre compressão de importantes vasos sanguíneos, que ocorre com a gestante na posição deitada de costas.
Esse tipo de parto só é indicado para mulheres que tiveram gravidez saudável e sem problemas de pressão, e se o feto estiver na posição cefálica (com a cabeça para baixo).
O parto de cócoras tem a participação do companheiro, não necessita do alívio da dor, os movimentos são livres e a recuperação é rápida.
3. Parto fórceps
É o parto via vaginal (parto normal), usado em caso de emergência ou sofrimento fetal. Nele, o obstetra utiliza um instrumento parecido com uma colher, que é encaixado do lado da cabeça do bebê para ajudá-lo a sair do canal de parto. É usado quando o parto está finalizando, para ajudar o bebê.
4. Parto humanizado
É um parto que respeita a fisiologia do parto e a mulher. Usado nos nascimentos de baixo risco, algumas mulheres se sentem mais seguras com as parteiras do que com os próprios médicos. Estar no ambiente familiar tranquiliza mais a parturiente, fazendo com que fique emocionalmente mais estável.
O parto humanitário visa, após o nascimento, a presença do bebê junto à mãe, melhorar a qualidade da amamentação, podendo ser mais prolongada e beneficiar um maior vínculo afetivo. O parto humanizado observa as necessidades da mulher e possibilita a ela o controle da situação na hora do nascimento.
5. Parto na água
O parto na água é realizado com a mulher em uma banheira com água em 37ºC, cobrindo toda a barriga da gestante. Essa temperatura vai deixá-la relaxada e aliviar as contrações e diminuir a pressão arterial. Além disso, o bebê poderá sair em um meio líquido e quente, no qual já estava acostumado. Esse tipo de parto não é recomendado para partos prematuros, sofrimento fetal, quando existe mecônio, diabetes, HIV, hepatite-B, herpes genital ativo e bebês grandes com mais de 4 kg.
6. Parto natural
É um parto em que o médico apenas acompanha o nascimento do bebê, respeitando o ritmo e o tempo da criança e da mulher. Neste tipo de parto, a futura mãe poderá aprender, por meio de um curso de gestante, técnicas de respiração que vão ajudá-la a se sentir segura e relaxada.
Parto normal ou vaginal é o mais parecido com os naturais. O corpo da mulher é preparado para isso, assim, existe menos chance de ter infecções e hematomas. A mulher geralmente pensa que no parto normal vai sentir fortes dores, mas hoje em dia existem técnicas que aliviam isso.
Ao chegar ao hospital, ela passará por procedimentos de rotina, em que é verificada a temperatura, a frequência cardíaca e a pressão arterial, além de ser feita a raspagem dos pelos pubianos.
Por Dra. Érika Rosim Campos
Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (2006) e titulação em Medicina de Família e Comunidade pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (2015).