Sinvastatina: entenda para o que serve e como usar esse medicamento
A sinvastatina é um remédio geralmente indicado para a redução do colesterol ruim (LDL) alto. Segundo informações do Ministério da Saúde, altas concentrações de colesterol LDL podem reduzir o fluxo sanguíneo, afetando órgãos como coração, intestino, cérebro, braços e pernas, além de comprometer a função arterial.
De acordo com a endocrinologista Dra. Gabriela Iervolino, apesar do medicamento evitar diversos problemas de saúde, ele deve ser ingerido com cuidado, pois a quantidade de doses indicada depende do quadro de cada paciente.
“Todo diabético acima de 40 anos precisa tomar uma estatina, ou seja, uma sinvastatina, que é da classe das estatinas, assim como quem teve infarto, AVC (Acidente Vascular Cerebral) e quem tem colesterol alto familiar. Esses são alguns exemplos, existem outros, mas é preciso apresentar o caso para um médico para ser algo individualizado”, explica a médica.
Como tomar a sinvastatina?
Esse medicamento deve ser indicado por um médico e, geralmente, é ingerido durante a noite, preferencialmente após a última refeição, pois ajuda na concentração do remédio no corpo para reduzir a produção de colesterol no sangue, como explica a endocrinologista. “[A sinvastatina] é um remédio que só vai fazer efeito depois que você entrar em jejum, é por isso que você tem que tomar a noite, depois do jantar ou um pouco antes de dormir”, diz a profissional.
Segundo a Dra. Gabriela Iervolino, quando ingerido em jejum o fármaco consegue fazer com que a célula diminua a produção de colesterol. Dessa forma, mesmo que a célula precise de colesterol, ela vai pegar do sangue e diminuir a quantidade de LDL. “Por isso, se você tomar o remédio durante o dia, ele não vai fazer efeito, porque você não faz jejum durante o dia”.
O que fazer ao esquecer de tomar o remédio?
De acordo com informações da bula do medicamento, caso o paciente esqueça de tomar o remédio é recomendado que ele seja ingerido o quanto antes. No entanto, se o horário está próximo ao segundo comprimido o mais indicado é pular o primeiro e nunca tomar doses dobradas ou acumuladas.
A sinvastatina ajuda a emagrecer?
Apesar de muitos acreditarem que a sinvastatina pode ajudar na perda de peso, a endocrinologista esclarece que o remédio não tem esse efeito, ele apenas reduz o colesterol ruim, diminuindo a gordura do sangue e desinflamando o organismo. “A sinvastatina não te ajuda a emagrecer e ela não tem esse feito”, conta a especialista.
Efeitos colaterais da sinvastatina
Conforme informações presentes na bula do medicamento, entre os efeitos colaterais adversos apresentados pelo fármaco estão:
- Prisão de ventre;
- Dor de cabeça;
- Fraqueza;
- Problemas no fígado;
- Hipersensibilidade.
Além desses efeitos, a endocrinologista ressalta a dor muscular. “O efeito colateral mais comum da sinvastatina é a dor no músculo. Isso pode estar associado ao efeito colateral de alteração de exame de sangue, da CPK (creatinofosfoquinase), ou não. A pessoa pode ter só o sintoma ou, às vezes, ela tem o sintoma e o exame alterado. Outro efeito muito comum é a alteração do exame de fígado”, conta a Dra. Gabriela Iervolino.
Interação com outros medicamentos
Quando não orientada por um médico, a combinação entre medicamentos pode alterar os seus efeitos e causar danos à saúde, e com a sinvastatina isso não é diferente. Por isso, a Dra. Gabriela Iervolino lista quais são os fármacos que combinados com a sinvastatina podem aumentar ou diminuir o seu tempo de ação:
Remédios que reduzem os seus resultados:
- Isoniazida;
- Carbamazepina;
- Fenobarbital;
- Rifampicina.
Medicações que podem aumentar os seus efeitos:
- Fluconazol (antifúngico);
- Claritromicina e eritromicina (antibiótico);
- Diltiazem (pressão alta);
- Fucsina (ansiedade)
- Remédio para HIV.
Por isso, é importante consultar um médico antes de ingerir qualquer tipo de medicamento.
Contraindicações
Normalmente, a sinvastatina não é indicada para mulheres grávidas, que estão amamentando ou tentando engravidar. Também não é recomendada para crianças menores de 10 anos e pessoas alérgicas a qualquer componente presente em sua composição. Outros pacientes que precisam ter cuidado com esse remédio são aqueles que já tiveram rabdomiólise, doença caracterizada pela inflamação dos músculos, conforme explica a médica.