Veja os benefícios da pet terapia para crianças autistas
O tratamento assistido por animais destaca-se como uma abordagem complementar eficaz para ajudar crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Estudos e experiências práticas indicam que a interação com animais traz benefícios significativos para o desenvolvimento social, emocional e comportamental dos pequenos.
Para a coordenadora do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera Ma. Elaine Cristina Coelho de Campos, a interação com animais pode incentivar as crianças autistas a se envolverem mais socialmente. “Animais como cães e cavalos podem ajudar a melhorar as habilidades de comunicação e a reduzir o isolamento social, promovendo um ambiente de aceitação e empatia”, explica.
Benefícios da terapia com animais
Segundo a docente, por meio da interação com os animais, as crianças podem aprender a interpretar sinais não verbais e a responder adequadamente, habilidades essenciais para a comunicação humana. “Além disso, a presença de um animal pode proporcionar conforto e reduzir os níveis de ansiedade e estresse, pois libera hormônios como a oxitocina, que estão associados a sentimentos de bem-estar e relaxamento”, afirma.
E os benefícios desse tipo de terapia vão além. “O vínculo positivo com um animal pode aumentar a autoestima e a confiança das crianças, à medida que elas se sentem aceitas e compreendidas, como ainda, a responsabilidade de cuidar de um animal pode ensinar disciplina e autocontrole”, diz a Ma. Elaine Cristina Coelho Campos.
A psicóloga também ressalta que pesquisas têm indicado que essas interações podem levar a uma melhoria significativa nas habilidades sociais e na regulação emocional. Um estudo publicado no Journal of Autism and Developmental Disorders revelou que a presença de um cão terapêutico aumentou significativamente a frequência e a qualidade das interações sociais entre crianças autistas e seus pares.
Tipos de treinamento assistido
Entre os tipos desse treinamento assistido, Ma. Elaine Cristina Coelho Campos destaca a equoterapia (terapia com cavalos), usada como tratamento para melhorar as habilidades motoras, o equilíbrio e a coordenação; e a terapia assistida por gatos e outros animais pequenos, que tem como função proporcionar conforto e um foco de interesse para a criança, a fim de promover o relaxamento e a interação calma e cuidadosa.
“Trata-se de uma abordagem promissora e eficaz para ajudar crianças com autismo a desenvolverem habilidades sociais, emocionais e comportamentais. A presença e a interação com animais podem proporcionar um ambiente terapêutico acolhedor e motivador, que complementa as intervenções tradicionais e contribui para a melhoria da qualidade de vida dessas crianças”, finaliza.
Por Bianca Lodi Rieg