Veja os sintomas e os tratamentos da incontinência urinária

Veja os sintomas e os tratamentos da incontinência urinária
A incontinência urinária costuma afetar mais as mulheres (Imagem: fizkes | Shutterstock)

No dia 14 de março, celebra-se o Dia Mundial de Conscientização da Incontinência Urinária. Essa é uma condição em que ocorre o vazamento involuntário de urina. A data tem como principal desafio desmistificar a vergonha em torno desse assunto.

É crucial entender que a incontinência urinária é uma questão importante, e quanto mais cedo o paciente buscar um diagnóstico preciso e receber tratamento adequado, melhor será sua qualidade de vida. Isso permite que eles retornem às suas atividades diárias com mais segurança e saúde. 

“É preciso ‘quebrar a barreira’ de falar sobre o tema e enfrentar o problema que, no Brasil, cresce cada vez mais entre as mulheres acima dos 40 anos”, afirma José Carlos Truzzi, Doutor em Urologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

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Mulheres são mais afetadas pela incontinência urinária

No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária afeta cerca de 10 milhões de pessoas, sendo mais comum em mulheres entre 40 e 70 anos, que representam 37% dos casos.

Elas têm uma predisposição maior ao desenvolvimento da incontinência urinária por variados motivos, incluindo diferenças anatômicas, como o comprimento mais curto da uretra em comparação com os homens, tornando-as mais suscetíveis a infecções.

Além disso, a gravidez e o parto também podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição, já que durante esse período os músculos do assoalho pélvico sofrem mudanças significativas devido às alterações corporais.

Diagnóstico da incontinência urinária

O diagnóstico da incontinência urinária envolve uma abordagem multidisciplinar, começando com uma avaliação médica detalhada. O médico geralmente inicia a investigação com uma entrevista clínica minuciosa para entender os sintomas do paciente, incluindo a frequência e gravidade dos episódios de perda de urina.

Além disso, pode ser solicitado ao paciente que mantenha um diário miccional para registrar padrões de micção e episódios de incontinência. Exames físicos também são realizados para avaliar a saúde geral e identificar possíveis causas subjacentes da incontinência.

uma ficha médica e o desenho do trato urinário.
O paciente precisa estar atento aos sintomas para saber quando é necessário buscar ajuda médica (Imagem: Ruhul_Aminnn | Shutterstock)

Tipos e sintomas da incontinência urinária 

Existem três tipos principais de incontinência urinária. Veja abaixo:

  • Incontinência urinária de esforço: em que a perda involuntária de urina ocorre quando a pessoa se movimenta, faz exercícios, ri e tosse.
  • Incontinência urinária de urgência: caracterizada pela perda de urina precedida por uma vontade súbita de urinar, normalmente em situações de rotina, quando há o escape antes de chegar ao banheiro.
  • Incontinência urinária mista: associa os dois tipos – de esforço e urgência – com sintomas de ambas, o que leva ao escape da urina tanto desencadeada por esforços, quanto, pela incapacidade de controlar o desejo miccional.

“Vale lembrar que, independentemente do tipo de Incontinência Urinária, existe tratamento e o paciente precisa estar atento para identificar os sinais e sintomas que sinalizem a busca por ajuda médica”, recomenda José Carlos Truzzi, doutor em Urologia pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Tratamento para a incontinência urinária

Existem diversos tratamentos disponíveis para a incontinência urinária, que variam de acordo com a causa subjacente e a gravidade dos sintomas. Para casos leves a moderados, as terapias comportamentais, como exercícios de fortalecimento do assoalho pélvico, podem ser eficazes. Em todo caso, é fundamental procurar ajuda médica.

“Vale ressaltar que, sem diagnóstico e tratamento, a paciente que tem IU acaba tendo a maioria de suas atividades de rotina prejudicadas por conta dos escapes de urina, acarretando situações de desconforto e problemas de saúde mental que comprometem a qualidade de vida”, finaliza José Carlos Truzzi.

Por Danilo Tovo em colaboração com Redação EdiCase

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