5 hábitos para combater o intestino preso
A prisão de ventre, também conhecida como intestino preso, é uma condição gastrointestinal caracterizada pela dificuldade em evacuar regularmente. Conforme explica o gastroenterologista Ronaldo Carneiro Santos, ela pode ser identificada por esforço excessivo ao evacuar, fezes com consistência aumentada ou endurecidas, redução na frequência normal de evacuação (menos de 3 vezes por semana) ou sensação de ‘evacuação incompleta’.
De acordo com o médico, a prisão de ventre, algumas vezes, pode estar associada a hábitos de vida com baixa ingestão de líquido e de fibras na dieta e falta de atividade física regular. Mas, pode também estar ligada a outros fatores. “O uso de determinados medicamentos, quadros como a depressão e ansiedade, doenças metabólicas como o diabetes e o hipotireoidismo, além de doenças neurológicas”, explica.
Nesse sentido, o paciente com constipação intestinal deve procurar melhorar a qualidade de vida e eliminar os fatores que causam os sintomas, pois, além do desconforto, com o passar do tempo, o funcionamento do intestino piora e podem ocorrer outros problemas de saúde, como explica Ronaldo Carneiro Santos:
“Fissuras no ânus, hemorroidas e divertículos intestinais são doenças bastante frequentes e associadas à constipação. Também cabe lembrar que a prisão de ventre aumenta a chance de desenvolvimento de câncer de intestino”, alerta o gastroenterologista Ronaldo Carneiro Santos.
Por isso, confira cinco hábitos saudáveis que auxiliam no combate ao intestino preso!
1. Aumente a ingestão de fibras
Alimentos ricos em fibras, como grãos integrais, frutas, legumes e verduras, desempenham um papel essencial no funcionamento intestinal. “Favorecem o trânsito do intestino, já que eles exercem função importante na formação do bolo fecal e na manutenção da flora intestinal”, explica a nutricionista Ronimara Santos.
Outros alimentos que ajudam no funcionamento são: semente de linhaça, semente de chia, centeio, quinoa, amaranto, trigo integral, farinha de aveia, chia e cascas de frutas.
2. Mantenha-se hidratado
A água desempenha um papel crucial na digestão e na evacuação. A falta de hidratação torna as fezes mais secas e difíceis de passar pelo intestino. Recomenda-se beber pelo menos 2 litros de água por dia. Além disso, é importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas e com cafeína, pois podem desidratar.
“Podemos hidratar o organismo de duas maneiras: a ingestão de líquidos é a forma mais eficaz e inclui, além da água, sucos naturais, água de coco e chás como camomila, erva-doce e cidreira. A segunda forma ocorre por meio da ingestão de alimentos que possuem água na composição. Entre as opções que proporcionam mais hidratação, estão frutas e legumes, como melancia, morango, pêssego, abobrinha, pepino e tomate”, afirma Cintya Bassi, coordenadora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde.
3. Exercite-se regularmente
A prática regular de exercícios ajuda a estimular a atividade intestinal. “A atividade física regular ajuda no controle da massa corporal e do estresse, fatores diretamente associados ao intestino desregulado. Além disso, exercícios específicos melhoram o tônus das musculaturas abdominal e pélvica, fatores que auxiliam na prevenção e no tratamento dessas desordens”, explica o preparador físico Marcos Vinícius.
4. Evite alimentos que causam constipação
Ingerir alguns alimentos, dependendo da dieta, pode piorar a constipação em pessoas sensíveis. Estes incluem produtos lácteos, alimentos altamente processados, carnes vermelhas e comidas ricas em gordura e açúcares. “Dentro de uma alimentação diversificada, nenhum alimento causa prisão de ventre, mas, se o consumo for restrito em fontes de pouca fibra, o quadro pode ocorrer”, explica Ronimara Santos, nutricionista.
5. Estabeleça uma rotina de evacuação
Criar um hábito regular de ir ao banheiro ajuda seu corpo a desenvolver um ciclo de evacuação consistente. Tente ir ao banheiro no mesmo horário todos os dias, preferencialmente após uma refeição, para aproveitar o reflexo gastrocólico, que é a movimentação do intestino desencadeada pela ingestão de alimentos.
Com a correria do dia a dia ou, até mesmo, pelo desconforto em fazer as necessidades fisiológicas fora de casa, muitas pessoas deixam de evacuar quando sentem vontade. “O cérebro passa a entender que não necessita mandar a mensagem para o intestino contrair adequadamente. Com o passar do tempo, a piora da peristalse, ou seja, contrações do intestino, passa a ser praticamente inevitável e, consequentemente, vem a piora progressiva da prisão de ventre”, explica Ronaldo Carneiro Santos.
Adoção de hábitos saudáveis
Além de aliviar os sintomas associados ao intestino preso, essas práticas promovem um estilo de vida mais saudável e preventivo contra outras doenças. Lembre-se de que, em caso de constipação persistente, é importante consultar um profissional de saúde para orientação e tratamento adequados.