5 passos para cuidar da saúde mental dos idosos

5 passos para cuidar da saúde mental dos idosos
Familiares de idosos devem monitorar eventuais mudanças de comportamento (Imagem Shutterstock)

De acordo com pesquisa recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2060, o número de pessoas com 65 anos ou mais no país será de 58,2 milhões – o equivalente a 25,5% da população. Outro estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que a população do Brasil vai “envelhecer” de forma constante e acelerada nos próximos anos. 40,3% dos brasileiros serão idosos daqui a aproximadamente 90 anos.

Com o envelhecimento da população e consequente aumento da expectativa de vida, as preocupações e cuidados com a saúde das pessoas dessa faixa etária aumentam, e é necessário estar sempre atento a essa questão.

Para Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG Residência Terapêutica, é importante que os familiares de idosos monitorem eventuais mudanças, ainda mais quando o assunto é saúde mental. “Quanto mais brusca for essa mudança, mais provável é estarmos diante de um quadro patológico”, explica o especialista.

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Erros comuns ao cuidar dos idosos 

De acordo com o psiquiatra, o erro mais comum de um familiar é ser negligente, entendendo os sintomas como algo ‘normal da idade’. “O envelhecimento pode levar a um cansaço maior, menos disposição para atividades sociais e uma tendência a ficar mais em casa, mas é importante saber diferenciar quando isso deixou de ser um processo natural e está sendo decorrente de um quadro patológico”, complementa.

O Dr. Ariel Lipman diz ainda que as doenças nos idosos não se manifestam como no adulto mais jovem. “O idoso também tende a se queixar menos. Por isso, uma busca ativa pode ser fundamental. Se notar que o idoso mudou seu comportamento habitual, vale uma conversa com um especialista.

Homem e mulher idosos correndo ao ar livre
Exercícios físicos são fundamentais para manter a saúde dos idosos (Imagem: Shutterstock)

O médico lembra ainda que, no cuidado com idosos, ‘não há fórmula mágica’, e que é necessário executar atividades profissionais, sociais, voluntárias ou de lazer. “Manter o cérebro ativo, se envolvendo em tarefas que estimulam a cognição e mantendo prática de atividades físicas, encontros sociais e familiares é fundamental”, recomenda ele. Para auxiliar no cuidado com os familiares idosos, o psiquiatra Ariel Lipman lista 5 passos. Confira!

1. Invista em atividades de lazer 

Lazer é importante para todas as faixas etárias, mas na terceira idade pode ser ainda mais benéfico, pois estamos falando de pessoas que acabam ficando mais sozinhas no dia a dia e sem ocupação, o que contribui para o aparecimento de transtornos. “Lazer para a terceira idade traz inúmeros benefícios, pois é uma oportunidade de distração, interação social e prática de atividades que eles gostam”, explica o médico.

2. Tenha um tempo de qualidade com o idoso

Novamente, por conta de longos períodos em casa e sem ocupação, os idosos têm a necessidade de conversar, ouvir, e realmente ter uma companhia. “A tarefa parece simples, mas faz diferença e é um grande cuidado na saúde mental deles”, afirma o Dr. Ariel Lipman. Por isso, é importante sempre reservar um tempo para estar presente na vida do idoso – fazendo uma visita, levando-o para um passeio ou para qualquer outra atividade em que ele escute e seja escutado.

3. Dê autonomia às pessoas da terceira idade

A autoconfiança é muito importante para uma pessoa da terceira idade, e dar autonomia para ela é contribuir para isso. “É claro que devemos levar em consideração se o idoso tem condição de sair sozinho, por exemplo, e por isso é importante sempre ter um acompanhamento médico. Mas, caso seja possível, é muito benéfico que o idoso vá sozinho realizar atividades simples, como ir ao mercado, ao banco, etc…”, explica o profissional. 

4. Mantenha uma rotina saudável

Não é segredo para ninguém que manter uma rotina saudável é sinônimo de saúde física e mental. Além de praticar exercícios físicos, ter horários definidos é fundamental. “Se possível, é importante definir horários para acordar, dormir, comer e praticar alguma atividade física, como caminhar, por exemplo”, opina o psiquiatra. Essa organização, segundo ele, ajuda no bem-estar do idoso.

5. Faça acompanhamento psicológico

Por fim, mas não menos importante, é preciso ressaltar a necessidade de um acompanhamento psicológico, que faz total diferença nessa fase da vida. “Além de fazer visitas periódicas ao cardiologista e ao nutricionista, por exemplo, contar com atendimento psicológico também é essencial para  garantir o equilíbrio emocional e a qualidade de vida na terceira idade”, finaliza o médico.

Por Julia Zuin 

Redação EdiCase

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