8 áreas afetadas pela saúde mental fragilizada
A saúde mental tem sido o grande desafio da sociedade contemporânea. Em pleno século XXI, o ser humano tem acesso a milhares de informações em tempo real, alto grau de competitividade e de comparação com seus pares, e um baixo índice de autocuidado e de autoestima.
A saúde mental é um estado de bem-estar, sendo um direito humano fundamental e um elemento essencial para o desenvolvimento pessoal, comunitário e socioeconômico (Organização Mundial da Saúde – OMS, 2020). No entanto, ela fica prejudicada e inspira cuidados quando a pessoa perde a capacidade de lidar com os momentos estressantes da vida, de desenvolver suas habilidades, apresenta dificuldades de aprendizado, prejuízos no trabalho ou não consegue contribuir para a melhoria de sua comunidade.
Em 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou um relatório informando que a ansiedade e a depressão foram consideradas responsáveis por um prejuízo mundial de 1 trilhão de dólares ao ano, tanto pela incapacidade estudantil ou laborativa como pela necessidade de investimentos em saúde cada vez maiores.
Área afetadas e prejuízos de uma saúde mental fragilizada
A saúde mental desempenha um papel fundamental na capacidade de uma pessoa aprender e se desenvolver cognitiva, emocional e socialmente. A seguir, veja algumas áreas afetadas e os prejuízos de uma saúde mental fragilizada!
1. Concentração e atenção
Um estado de saúde mental equilibrado permite que os indivíduos se concentrem e prestem atenção em sala de aula ou em ambientes de aprendizagem. Problemas de saúde mental, como transtornos de ansiedade ou depressão, podem prejudicar a capacidade de concentração, tornando mais difícil absorver informações e se envolver nas atividades de aprendizagem.
2. Memória e processamento cognitivo
A saúde mental afeta a memória e a capacidade de processar informações. A ansiedade, por exemplo, pode impactar negativamente a memória de curto prazo. Em contraste, um estado emocional positivo pode facilitar a retenção de informações.
4. Regulação emocional
Ter uma boa saúde mental envolve a capacidade de regular as emoções. Isso é fundamental para lidar com o estresse, a frustração e os desafios que podem surgir durante o processo de aprendizagem. Indivíduos com habilidades de regulação emocional eficazes tendem a lidar melhor com os altos e baixos da aprendizagem.
5. Motivação e interesse
A saúde mental desempenha um papel na motivação para aprender. Pessoas emocionalmente equilibradas e confiantes tendem a se sentir mais motivadas a se envolver em novas experiências de aprendizagem e a buscar conhecimento.
6. Resiliência
A resiliência, que é uma parte importante da saúde mental, desempenha um papel crítico na capacidade de superar desafios e fracassos acadêmicos. Indivíduos mentalmente resilientes são mais capazes de lidar com contratempos e continuar a aprender, mesmo em face de dificuldades.
7. Relações sociais
A saúde mental também está relacionada com a capacidade de formar e manter relacionamentos saudáveis. Ambientes sociais positivos e de apoio podem ser cruciais para o aprendizado, pois as interações com colegas e professores desempenham um papel na construção do conhecimento e do bem-estar emocional.
8. Autoconceito e autoestima
A saúde mental afeta a forma como os indivíduos se veem. Um bom autoconceito e autoestima positiva são essenciais para a autoeficácia e a crença de que se pode aprender e ter sucesso.
5 passos para a manutenção da saúde mental
Cuidar da saúde mental é um desafio contínuo, especialmente em um mundo dinâmico e muitas vezes estressante. Embora não exista uma fórmula única para garantir o equilíbrio emocional, há passos práticos que podem ser incorporados à rotina diária. Reconhecer a importância dessas práticas pode ser o primeiro passo para promover um ambiente mental saudável e sustentável.
- Não sei isole;
- Mantenha o físico e o intelectual ativos;
- Pratique atividades físicas;
- Tenha uma alimentação saudável;
- Reforce os laços familiares e de amizades.
Por Bianca Acampora
Doutora em Ciências da Educação, especialista em Arteterapia em Educação e Saúde. Entre os livros lançados está “Fundamentos da Psicopedagogia”. É coautora do livro “Guia prático de Neuroeducação”. Ambos pela Wak Editora.