7 dicas para utilizar a pintura de meia parede nos ambientes
A pintura de meia parede é uma tendência que tem conquistado espaço nos projetos de interiores. Por ser simples de aplicar, a proposta tornou-se interessante por abrir frente para expor a criatividade na aplicação das formas e texturas. Além disso, tornou-se uma alternativa para quem tem receio de investir em uma parede totalmente colorida.
“Eu gosto das possibilidades que a meia parede traz, pois pode combinar com todos os estilos de décor, a depender do contexto geral do projeto”, afirma a arquiteta Letícia de Nóbrega, à frente do escritório que leva seu nome. A especialista também completa: “pensando no projeto residencial, é perfeitamente viável trabalhar com essa ideia nos ambientes da área social, como também dormitórios e até mesmo em áreas úmidas, como banheiros”.
A seguir, a arquiteta elenca 7 dicas para você aplicar a pintura de meia parede nos ambientes e trazer ousadia e leveza à decoração. Veja!
1. Enumere as paredes
De acordo com a arquiteta Letícia de Nóbrega, em um cômodo é interessante elencar a parede que receberá o destaque bicolor da pintura. No caso de duas paredes, a recomendação é que elas estejam conectadas a fim de que a continuidade da arte promova uma fluidez confortável aos olhos.
2. Defina a paleta de cores
A intenção do projeto sempre será o fio condutor que ajudará o profissional de arquitetura e o morador a definirem a paleta de cores. Muito bem pensada, essa “mistura” pode trazer tanto sutileza e neutralidade quanto um toque de ousadia, a depender do perfil do morador.
“Podemos aplicar tons mais escuros ou vibrantes, quando a ideia for criar contraste. Por outro lado, é possível seguir com tons mais claros/pastel, propondo leveza em uma combinação mais sutil. Aliás, sempre indico essa opção para quem tem medo de ousar ou enjoar”, orienta a arquiteta.
3. Considere os elementos do ambiente
Conforme explica Letícia de Nóbrega, os moradores também devem considerar os demais elementos presentes no ambiente, como o piso, ao definirem a meia parede. “Antes de pintar, é preciso entender a intenção e o contexto. Se quisermos destacar uma parede e o piso for de madeira, por exemplo, a indicação é adotar tons frios para realçar o contraste”, detalha.
Para a sensação de continuidade, tons análogos ao piso e mais quentes, neste caso, seriam a alternativa. Enquanto isso, para pisos frios mais claros, em nuances de cinza ou bege, o ambiente passa a contar com mais combinações de destaques na parede. “É importante avaliar as nuances dos mobiliários e outros itens decorativos”, complementa a especialista.
4. Invista em um revestimento
No caso dos banheiros, a profissional aconselha uma adaptação: adotar um revestimento na altura entre o piso e o meio da parede visando facilitar a limpeza e, na sequência, adotar a cor de tinta pretendida para o projeto. Entretanto, em lavabos ou banheiros sociais que possuam chuveiros de uso esporádico, a arquiteta diz que é possível manter o conceito das duas cores de tinta, sem a necessidade do revestimento.
“Em casos em que a umidade não será constante, podemos colocar apenas rodapés e adotar tinta nas paredes, tanto na metade de baixo quanto na de cima. Isso traz um ar mais social para o banheiro, além de permitir ao morador economizar na compra do revestimento e na contratação de mão de obra para a instalação”, aconselha Letícia de Nóbrega.
5. Escolha o tipo de geometria
A pintura em meia parede é comumente vista em linhas horizontais que promovem as sensações de horizonte, linearidade e amplitude ao ambiente. Todavia, alguns projetos seguem o caminho não tradicional e apostam em pinturas verticais, que criam a ilusão de pé direito mais alto, por exemplo. Por sua vez, as pinturas em diagonal partem para um lado temático e são recomendadas quando a intenção é proporcionar um destaque pontual, como uma poltrona no canto ou mesmo em dormitórios infantis.
6. Defina a altura da meia parede
Conforme esclarece a arquiteta, não existe uma regra que determina a altura da meia parede. Um critério que pode ajudar nessa decisão é pensar no tamanho dos móveis que ficarão próximos. “Costumo considerar uma medida superior às dimensões de um sofá e uma mesa. Em torno de 1,20 m, já considero uma referência interessante a ser trabalhada”, pontua Letícia de Nóbrega.
7. Pense na economia
A pintura, por si só, é necessária e considerada como um investimento que não onera os projetos, mas também pode entrar em cena para economizar com outros detalhes mais dispendiosos. “Apostar na combinação de tintas pode minimizar o valor da obra e, ao mesmo tempo, provocar um impacto visual semelhante ao de um painel de madeira, por exemplo”, finaliza a arquiteta.
Por Flávia Ávila