Conheça os benefícios da dieta cetogênica no controle de doenças neurológicas

Conheça os benefícios da dieta cetogênica no controle de doenças neurológicas
Dieta cetogênica favorece o funcionamento do sistema de neurotransmissão (Imagem: Shutterstock)

Originalmente desenvolvida para o tratamento de epilepsia refratária, doença neurológica que causa convulsões, a dieta cetogênica surgiu em 1920, nos Estados Unidos. Contudo, devido ao surgimento de remédios anticonvulsivantes, ela caiu em desuso.

Por contribuir para a perda de peso, a dieta cetogênica passou a ser utilizada por pessoas sem epilepsia refratária. Inclusive, especialistas perceberam que a redução do consumo de carboidratos e o aumento de gordura na alimentação favorecia o emagrecimento.

Como funciona a dieta?

Os carboidratos são a principal fonte de energia do organismo humano. Quando a ingestão é reduzida, o organismo precisa se adaptar para obter energia, desviando o metabolismo energético para outra via. Nesse caso, uma rota metabólica alternativa e que costuma ter papel secundário na obtenção de energia é a via cetogênica.

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Segundo Ágata Haddad, farmacêutica da Equaliv, nesta via, ao invés de carboidratos, são utilizadas gorduras como combustível. A partir da quebra de gorduras (também chamadas de lipídeos), são geradas moléculas chamadas de ‘corpos cetônicos’, por isso o nome dieta ‘cetogênica’.

Assim, ao adotá-la, a pessoa força o metabolismo a começar a quebrar gorduras para se manter em funcionamento. Lembrando que o órgão do corpo humano que mais gasta energia é o cérebro, ele consome cerca de 20% de toda a nossa energia, mesmo representando apenas 2%, em média, da massa corporal.

Duas mulheres sorrindo comendo em uma mesa
Dieta cetogênica ajuda a reduzir crises convulsivas em pacientes com epilepsia (Imagem: Shutterstock)

Benefícios da dieta cetogênica

Como citado, a dieta cetogênica foi proposta como uma alternativa terapêutica para a epilepsia. Segundo estudos, sua adoção reduz significativamente a ocorrência de crises convulsivas em pacientes. No entanto, devido aos seus efeitos sobre o sistema nervoso central, ela começou a ser estudada em diferentes contextos relacionados à saúde mental.

Os distúrbios neuropsiquiátricos costumam ter alguns pontos em comum, como o desbalanço de neurotransmissores, o estresse oxidativo e a inflamação. Além disso, a maioria dos pacientes acometidos por algum desses transtornos apresenta um metabolismo de glicose desregulado.

“Neste sentido, já foi demonstrado que a dieta cetogênica é capaz de regular o metabolismo da glicose, reduzir o estresse oxidativo e a inflamação, além de favorecer o funcionamento adequado de importantes sistemas de neurotransmissão”, explica Ágata Haddad. Assim, além da epilepsia, já existem evidências de benefícios dessa dieta para o transtorno do espectro autista, esclerose múltipla, doença de e de Parkinson, esquizofrenia, transtorno bipolar e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Consulte um especialista

Existe um conjunto robusto de evidências sobre muitos benefícios da dieta cetogênica. Além disso, como é uma alimentação bastante restritiva, quando feita sem acompanhamento profissional adequado, ela pode levar a deficiências nutricionais, que a médio e longo prazo podem trazer riscos à saúde. A intervenção nutricional para transtornos mentais pode oferecer benefícios, pelo menos no que diz respeito ao controle dos sintomas. Por isso, sempre consulte um especialista da saúde!

Por Amanda Abilio

Redação EdiCase

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