Entenda os perigos de plantas tóxicas para cães e gatos

Entenda os perigos de plantas tóxicas para cães e gatos
Plantas podem ser perigosas para cães e gatos (Imagem: shutterstock)

Presentes em casas, jardins e praças, as plantas costumam deixar os ambientes ainda mais bonitos. Contudo, mesmo que pareçam inofensivas, elas podem oferecer uma série de riscos para a saúde de cães e gatos e, inclusive, levá-los à morte.

Segundo Caroline Mouco Moretti, médica veterinária clínica e diretora geral do Grupo Vet Popular, o que torna essas plantas tóxicas tanto para cães quanto para gatos são as substâncias encontradas nelas. “Por exemplo, a flor do antúrio contém oxalato de cálcio como princípio, podendo causar inchaço da boca, lábios e garganta, dificuldade para engolir, paralisia da língua, salivação excessiva, vômitos e diarreia”, explica.

Plantas perigosas para cães e gatos

Além do antúrio, algumas das espécies que causam intoxicações são: comigo-ninguém-pode, azaleia, copo-de-leite, espada-de-são-jorge, lírio, violeta, dama-da-noite, costela-de-adão, coroa-de-cristo, samambaia, entre outras.

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Como acontece a ingestão?

Caroline Mouco Moretti explica que, por vezes, a ingestão de plantas tóxicas pode acontecer durante as brincadeiras. “Principalmente filhotes, entre uma brincadeira e outra, acabam mordendo [plantas] e, muitas vezes, a ingestão pode ser acidental”, afirma.

Juliana Bulhões, médica veterinária do Hospital Veterinário, Pet Shop & Hotel Sena Madureira, acrescenta que “cães e gatos têm por hábito comer plantas para auxiliar o sistema digestivo”. Dessa forma, eles podem acabar ingerindo alguma espécie que cause intoxicação.

A ingestão de plantas costuma ser acidental (Imagem: shutterstock)

Fique atento aos sintomas

Os sintomas decorrentes da intoxicação causada por plantas podem ser os mais variados. Pode ocorrer falta de apetite, vômitos, diarreias, falta de coordenação motora e equilíbrio, desmaios, convulsões, lesões orais, alterações cardíacas, entre outros. Em casos mais graves, pode ocasionar até morte súbita do animal.

“Tudo vai depender do tipo de substância, quantidade ingerida e tempo de socorro após detecção da ingestão”, esclarece Caroline Mouco Moretti. Ainda de acordo com a profissional, os animais podem desenvolver os sintomas até 24 horas após a ingestão da planta.

O que fazer no caso de ingestão?

É extremamente importante que o tutor leve o animal ao médico veterinário assim que perceber a ingestão da planta ou logo que notar aparecimento dos sintomas. “Quanto antes tratar, menor a quantidade da substância tóxica a ser absorvida”, aponta a diretora geral do Grupo Vet Popular.

Caroline Mouco Moretti também explica que saber o tipo de planta que foi ingerida ajudará o médico veterinário a tratar o animal com maior precisão. Por isso, caso não saiba a espécie, vale a pena levar ao consultório um pedaço da planta ou, até mesmo, uma foto dela.

Proteja o seu animal

Para evitar a ingestão acidental, as médicas veterinárias orientam manter as plantas tóxicas longe de cães e gatos. “No caso de cães, manter em lugares altos é uma alternativa. Já no caso de gatos, o mais recomendado é não ter esse tipo de planta”, sugere Caroline Mouco Moretti.

Durante os passeios em ambientes externos, Juliana Bulhões aconselha manter o cachorro na coleira com a guia. Dessa forma, fica mais fácil impedir que ele entre em contato com alguma planta que possa oferecer risco.

Laleska Diniz

Jornalista pela PUC-SP e pós-graduanda em Marketing pela USP. Apaixonada por produção de conteúdo, trabalha há quase 6 anos com comunicação. Na EdiCase, produz textos sobre os mais variados assuntos para revistas impressas e digitais e portal de notícias.

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