Rivotril: descubra para que serve e como usar com segurança

Rivotril: descubra para que serve e como usar com segurança
Rivotril é um dos medicamentos mais consumidos pelos brasileiros (Imagem: Shutterstock)

O clonazepam, popularmente conhecido como rivotril, é um ansiolítico que costuma ser receitado para pessoas com quadros de ansiedade, depressão e crises de pânico. É um medicamento pertencente ao grupo ‘benzodiazepina’, que causa inibição do sistema nervoso e tem ação sedativa e tranquilizante. “No organismo, age diminuindo a excitação e a tensão, além de colaborar com o controle de convulsões”, diz o Dr. Ariel Lipman, médico especialista em psiquiatria e diretor da SIG Residência Terapêutica.

Contudo, é preciso deixar claro que o medicamento sozinho não é capaz de curar doenças mentais. É sempre indicado o trabalho conjunto de profissionais especializados em saúde mental. Além disso, devido aos efeitos colaterais, ele só pode ser vendido com receita médica, que fica retida no ato da compra. 

Para que serve o rivotril?

De acordo com o psiquiatra Dr. Ariel Lipman, o rivotril ajuda a tratar as seguintes condições: 

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  • Transtorno de ansiedade; 
  • Transtorno bipolar; 
  • Insônia; 
  • Inquietação; 
  • Crises de pânico; 
  • Crises de epilepsia e convulsões. 

Efeitos do medicamento

O especialista em psiquiatria explica como o fármaco atua no organismo: “Aquele que usufrui do medicamento pode vir a ser mais sonolento e calmo devido a potencialização da ação do ácido gama-aminobutírico, o principal neurotransmissor inibidor do sistema nervoso central em mamíferos”. 

O rivotril pode causar dependência?

Assim como outros medicamentos considerados tarja preta, o clonazepam deve ser utilizado sob orientação médica, “pelo motivo de que pode causar dependência química, que depende do tempo de uso. Desse modo, é importante que haja intervenção médica. É vital que não tenha, em hipótese alguma, automedicação”, orienta o Dr. Ariel Lipman. Além disso, o acompanhamento profissional também é essencial para evitar casos de superdosagem, que podem causar sérios riscos à saúde, como ausência de reflexos, apneia do sono e coma.

Quais são as formas de administração?

A dosagem adequada desse medicamento deve ser indicada por um psiquiatra, conforme a necessidade de cada paciente. Para isso, são analisadas questões específicas como peso, idade e tipo de doença. O remédio pode ser encontrado em três formas: oral, sublingual e comprimido. Segundo informações do Ministério da Saúde do Distrito Federal, ele deve ser ingerido preferencialmente após o consumo de alimentos e antes de dormir, devido ao efeito de sonolência causado por ele. 

Mulher bocejando com a mão na boca e cabeça
Rivotril pode causar sonolência e dor de cabeça (Imagem: Shutterstock)

Efeitos colaterais do rivotril

Para evitar reações adversas, o ansiolítico deve ser utilizado com a orientação adequada de um médico especialista. “Além de efeitos benéficos para o paciente, não podemos excluir algumas dificuldades causadas pelo medicamento. O rivotril em algumas pessoas pode causar dor de cabeça, sonolência em excesso ou insônia, náusea, irritabilidade extrema, problemas de coordenação motora e outros”, explica o Dr. Ariel Lipman.

Quem não pode usar o clonazepam?

De acordo com informações disponibilizadas pelo Ministério da Saúde do Distrito Federal, esse fármaco é contraindicado para pessoas que tenham hipersensibilidade ao clonazepam ou qualquer componente presente em sua fórmula. Também não é recomendado para pessoas com insuficiência respiratória e hepáticas graves.

O Dr. Ariel Lipman ressalta outras situações em que o remédio não é indicado: “Como pode vir a causar apneia, é contraindicado também para aqueles que no dia a dia são responsáveis por operações de máquinas e veículos. Também não deve ser exposto aos indivíduos com histórico de dependência química”, diz o especialista.  

Vantagens e desvantagens do rivotril

Segundo o Dr. Ariel Lipman, o uso sob orientação médica é seguro e eficaz e, comparado a outros com propostas parecidas no mercado, possui um valor baixo. Isso o torna acessível a grande parte da população. “A desvantagem do remédio varia de pessoa para pessoa. Pode resultar em mais malefícios comparados a benefícios de acordo com o quadro do paciente. Infelizmente, o produto é banalizado em muitos casos, situação que gera desentendimento social sobre a importância do uso da substância”, diz o médico. 

Cuidados ao combinar com outros medicamentos 

Conforme explica o Dr. Ariel Lipman, se combinado com alguns medicamentos, o rivotril pode perder a eficácia, pois a mistura equivocada pode gerar efeitos colaterais sérios. Dentre as substâncias que alteram os resultados do fármaco, estão:

  • Alprazolam; 
  • Amitriptilina; 
  • Fenobarbital; 
  • Clorpromazina; 
  • Diazepam; 
  • Valeriana. 

Portanto, antes de utilizar o medicamento, procure um psiquiatra, só ele poderá fazer a indicação adequada. Além disso, se possível, siga o tratamento com o acompanhamento de um profissional especializado em psicologia.

Vitoria Rondon

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