4 fatores que favorecem o desenvolvimento da artrose

4 fatores que favorecem o desenvolvimento da artrose
As pessoas mais jovens também estão desenvolvendo artrose (Imagem: Pixel-Shot | Shutterstock)

A artrose é uma doença prevalente entre a população mundial e, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), já afeta, em algum grau, cerca de 60% da população acima dos 50 anos. Dados do Ministério da Saúde (MS) também apontam que, em média, 30 milhões de brasileiros sofrem com a enfermidade.

Apesar disso, o avanço da doença pode ser combatido com a adoção de hábitos saudáveis na rotina. É possível tratar a condição por meio da prevenção de atitudes que favorecem o problema. Veja as recomendações do Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva. Confira!

4 fatores que favorecem a artrose

Segundo o médico ortopedista, os casos de artrose seguem em alta basicamente por quatro fatores:

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  • Longevidade: a população tem se tornando mais idosa, o que torna os casos da doença maiores;
  • Obesidade: nos últimos anos, a incidência da condição tem aumentado, e ela é um fator predisponente importante para a artrose;
  • Aumento da prática de atividades físicas de impacto;
  • Sedentarismo.

Engana-se quem acredita que a doença se manifesta somente em pessoas longevas. “As pessoas mais jovens também estão desenvolvendo artrose por causa do aumento da prática de atividade físicas de impacto, bem como pelo aumento da incidência de obesidade entre essa população”, explica o especialista. O médico indica buscar a ajuda de um profissional quando houver o aparecimento de sintomas, como dor persistente, limitação de movimentos e inchaços de repetição.

Maneiras de prevenir a artrose

Em geral, as articulações afetadas são joelhos, quadris, mãos, coluna vertebral, pés e ombro. Mas, de acordo com o especialista, é possível prevenir este impacto por meio de algumas medidas, tais como:

  • Manutenção do peso corporal adequado;
  • Condicionamento físico;
  • Fortalecimento muscular;
  • Evitar o uso excessivo das articulações, bem como torções ou traumas em geral.
Homem musculoso vestindo blusa branca levantando peso
Musculação ajuda a proteger as articulações e prevenir a artrose (Imagem: Andy Gin | Shutterstock)

Atividades físicas que reduzem o risco da doença

Praticar atividades físicas de alto impacto pode favorecer a manifestação da doença. Sendo assim, realizar substituições é a melhor alternativa, como indica o especialista. “As principais atividades físicas que podem proteger as articulações e diminuir o avanço da artrose são a musculação, ou fortalecimento, e as aeróbicas sem impacto ou de baixo impacto, como bicicleta e natação”, diz o Dr. Marcos Cortelazo.

O médico ainda ressalta a importância de associar a prática esportiva a uma alimentação saudável. “Dietas apropriadas também são recomendadas assim como a perda de peso. Já a fisioterapia é fundamental em qualquer uma das fases com os seguintes objetivos: controle da dor, manutenção do movimento e fortalecimento”, afirma o profissional.

Tratamentos para artrose

Os tratamentos em geral variam com a gravidade da doença. “Casos leves e moderados estão voltados para o controle da dor, melhora da mobilidade e manutenção dos movimentos. Aqui, os [tratamentos] mais indicados são medicações analgésicas e anti-inflamatórias, fisioterapia e condicionamento físico. Nos casos mais graves ou formas mais avançadas da doença, estão indicadas as cirurgias para substituição das articulações, também conhecidas como artroplastias”, explica o médico ortopedista.

Além desses, o médico enfatiza que os tratamentos vêm avançando por meio do desenvolvimento de substâncias que podem proteger a cartilagem a partir da diminuição do atrito e do controle do processo inflamatório articular. Como exemplo, pode-se citar o ácido hialurônico e o desenvolvimento de próteses customizadas, ou seja, feitas para o próprio indivíduo. Conforme o Dr. Marcos Cortelazo, as opções são dedicadas tanto ao controle da dor bem como à substituição da articulação (quando necessário, nos casos mais graves).

Para o futuro, o médico espera tratamentos baseados em terapias de controle da dor e da evolução da doença nos casos leves e moderados por meio da medicina regenerativa. “Nos casos graves, a evolução caminha para o uso de próteses customizadas, ou seja, cada vez mais personalizadas e adaptadas ao próprio paciente”, finaliza o médico.

Por Paula Amoroso

Redação EdiCase

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