10 fatores a considerar antes da cirurgia plástica na adolescência

10 fatores a considerar antes da cirurgia plástica na adolescência
Cirurgia plástica na adolescência não deve ser fruto de um ato impulsivo (Imagem: PonomarenkoNataly | ShutterStock)

O “efeito internet” está levando cada vez mais jovens a mesas de cirurgia plástica e clínicas de estética. Segundo pesquisa realizada pelo Projeto Dove pela Autoestima, 84% das adolescentes brasileiras com 13 anos ou mais afirmaram que já usaram filtro ou aplicativo de edição de fotos para alterar a própria imagem. Além disso, cerca de 78% delas já tentaram mudar ou esconder alguma parte indesejada do corpo antes de publicar uma foto nas redes sociais. 

Segundo o cirurgião plástico Dr. Regis Milani, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), redes sociais e plataformas online frequentemente exibem padrões de beleza irreais, levando as adolescentes a compararem-se e, por vezes, a sentirem-se inadequadas. “Existe uma nova modalidade de pressão social virtual”, afirma. 

Impacto das redes sociais na autoestima

A necessidade de validação nas redes sociais pode gerar nos adolescentes pressões para se encaixarem em padrões estéticos, afetando, assim, sua autoestima, caso não atendam a essas expectativas. Além disso, o cyberbullying, que engloba comentários negativos e críticas online, podem impactar severamente a autoconfiança dessas adolescentes.

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“A grande incidência de fotos editadas nas redes sociais é capaz de distorcer a percepção da realidade, fazendo com que as adolescentes se comparem a imagens manipuladas, resultando em uma percepção distorcida de sua própria aparência”, explica o profissional. Entre as cirurgias mais procuradas pelos adolescentes, podemos citar rinoplastia, prótese de silicone e lipoaspiração.  

Fatores a considerar antes da cirurgia

O Dr. Regis Milani explica que optar por uma cirurgia plástica na adolescência é uma decisão muito séria, e vários fatores devem ser considerados antes da decisão pela cirurgia. Alguns pontos essenciais incluem: 

1. Maturidade emocional

Avaliar se o adolescente está emocionalmente maduro para compreender os motivos, as expectativas e as possíveis consequências da cirurgia. 

2. Motivação

Certificar-se de que a motivação para a cirurgia seja interna e baseada na melhoria da autoestima em vez de influências externas, como pressão dos colegas ou padrões de beleza irreais. 

3. Compreensão dos riscos e complicações

O adolescente deve ter uma compreensão completa dos riscos associados à cirurgia, bem como das possíveis complicações, para tomar uma decisão informada. 

4. Aprovação dos pais ou responsáveis

A autorização e o apoio dos pais ou responsáveis são cruciais. Eles devem participar ativamente das decisões, entendendo os motivos por trás da escolha do adolescente.

Médico conversando com paciente
Profissionais de saúde devem ser consultados para avaliação antes do procedimento (Imagem: fizkes | Shutterstock)

5. Consulta com profissionais de saúde

Buscar a orientação de profissionais de saúde, incluindo cirurgiões plásticos e psicólogos, para avaliar a adequação do procedimento, considerando o desenvolvimento físico e emocional do adolescente. 

6. Expectativas realistas

Estabelecer expectativas realistas sobre os resultados da cirurgia e compreender que ela pode não resolver todos os problemas emocionais. 

7. Estabilidade física e emocional

Garantir que o adolescente esteja fisicamente saudável e emocionalmente estável antes de considerar qualquer intervenção cirúrgica. 

8. Alternativas não invasivas

Explorar alternativas não invasivas, como terapia, exercícios ou outras abordagens, antes de optar por cirurgia, especialmente em procedimentos puramente estéticos. 

9. Impacto na autoestima

Considerar como a cirurgia pode impactar a autoestima do adolescente a longo prazo e se ela é uma solução apropriada para as preocupações específicas. 

10. Legislação local

Conhecer as leis e regulamentações locais sobre cirurgias plásticas em adolescentes, já que a idade mínima pode variar em diferentes jurisdições. “É vital que todas as partes envolvidas estejam comprometidas em garantir que a decisão seja tomada de maneira ética, informada e segura para o bem-estar do adolescente”, finaliza o médico.

Por Sarah Monteiro

Redação EdiCase

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