Janeiro Branco: veja 5 sintomas menos conhecidos da depressão

Janeiro Branco: veja 5 sintomas menos conhecidos da depressão
Depressão é um dos transtornos mentais que mais afeta a população no mundo (Imagem: Shutterstock)

Neste mês é celebrado o “Janeiro Branco”, ação que visa chamar a atenção da população a temas relacionados à saúde mental. Entre os principais assuntos abordados na campanha, está a depressão, visto que este é um dos transtornos mentais que mais afeta a população global.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 322 milhões de pessoas no mundo sofrem com a doença. No Brasil, são mais de 11,5 milhões de casos. Entre as principais características da condição, estão a presença de diversos sintomas, a intensidade e, é claro, a variação de acordo com o caso de cada paciente.

De acordo com o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG – Residência Terapêutica, existem diversos tipos de depressão. Além disso, cada pessoa reage de uma forma diferente, ou seja, os sintomas mudam. “Controlar os transtornos mentais no início é extremamente importante no tratamento da doença; por isso, é essencial prestar atenção em sintomas como tristeza, desânimo, irritabilidade, angústia e ansiedade, que são os mais comuns, mas vai muito além disso, e até mesmo dores físicas podem ser um sinal de alerta”, comenta o profissional.

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Considerando isso, o psiquiatra listou alguns dos sintomas menos comuns de depressão que podem ser apresentados. Confira:

1. Variação de sono e apetite

De acordo com o Dr. Ariel Lipman, é comum que um paciente com depressão durma muito, mas diversos indivíduos que convivem com a doença também podem ter insônia. “As alterações no sono, seja porque a pessoa dorme muito ou não consegue dormir, devem ser investigadas por um especialista, pois é algo que muita gente julga ser comum, mas, na verdade, pode ser um sintoma do transtorno”, afirma.

Ainda segundo o especialista, o mesmo pode ocorrer com o apetite, que, quando aumenta ou diminui demais, também merece atenção. “Muitas das pessoas que têm depressão também sofrem com ansiedade, que está diretamente ligada com o apetite”, completa ele.

2. Alteração de peso

Com a possível alteração no apetite, o peso também sofrerá mudanças. “Se a pessoa passou a comer muito mais, notará que pode ter engordado e, se ela passou a comer menos, pode emagrecer. É uma lógica, mas muitas pessoas podem não notar que deixaram de comer ou aumentaram a quantidade de alimentos e só reparam quando notam a diferença no espelho, nas roupas e na balança”, explica o médico. Além disso, quem tem depressão deixa de praticar algumas atividades, incluindo exercícios físicos, contribuindo para essa mudança de peso.

3. Baixa imunidade

Muitos são os motivos que levam os depressivos a diminuírem a imunidade. “Isso pode ocorrer porque a liberação de hormônios é afetada com a doença, acarretando a queda de imunidade e consequentemente outras doenças, como infecções”, comenta o especialista. É importante lembrar, também, que alterações no sono e uma alimentação inadequada podem afetar a imunidade, ou seja, um sintoma acaba levando a outro.

Homem com blusa amarela e óculos sentado segurando frasco de remédio
Antidepressivos também podem reduzir o apetite sexual (Imagem: Shutterstock)

4. Redução da libido

A libido está relacionada à autoestima, que é muito afetada durante a depressão e, por isso, acaba sendo comum nessas pessoas, que muitas vezes podem nem ligar uma coisa à outra. “Alguns medicamentos antidepressivos usados para controlar o transtorno mental também podem afetar a libido, e é por isso que é importante sempre avisar o médico sobre as intercorrências”, afirma o psiquiatra.

5. Dores contínuas

A doença também promove alterações fisiológicas que levam à sensação de dor. “E, como é de conhecimento da maioria das pessoas, o humor é muito afetado durante a doença, o que faz com que o depressivo sinta dores com mais intensidade”, explica o médico, que ressalta: “além disso, a pessoa com depressão transforma muitos problemas mentais em dores físicas, [o que é] mais conhecido como somatização”.

Por Beatriz Bradley

Redação EdiCase

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